15 anos sem José Nelson Schincariol

Foto – Tucano/Arquivo Revista Campo& Cidade

Há exatos 15 anos, no dia 18 de agosto de 2003, a cidade de Itu perdia um de seus filhos mais queridos e ilustres: José Nelson Schincariol. O empresário, que tinha à época 60 anos e era proprietário da cervejaria que levava o seu sobrenome, foi assassinado após ter sido baleado por dois homens quando chegava em sua residência, na Rua Santa Cruz, região central de Itu.

Na ocasião, os elementos dispararam cinco tiros, dos quais três atingiram Nelson, sendo dois na cabeça e um nas costas, quando o empresário se encontrava dentro da garagem do imóvel. O empresário, que foi um grande incentivador do futebol na cidade, recebia ameaças, de acordo com familiares, na época.

Um ano depois, o pedreiro Gleison Lopes de Oliveira foi preso, apontado como autor do latrocínio (roubo seguido de morte) que matou José Nelson, porém foi solto logo depois por decisão judicial. Em 2008, o STF (Superior Tribunal Federal) havia indeferido o pedido de liminar em habeas corpus em favor de Oliveira.

Em 11 de janeiro de 2011, o pedreiro voltou a ser preso, após operação de policiais civis de Ribeirão Preto e de Sorocaba. Condenado a 23 anos de prisão, o homem estava escondido em um imóvel no município ribeirão-pretano. Ainda cercado de mistério, o crime até hoje é lembrado em Itu. 

Sobre o empresário

Ituano de nascimento, Nelson desenvolveu o Grupo Schincariol, tendo como seu produto mais famoso, até a década de 1970, o refrigerante Itubaína. Na década seguinte, mais precisamente em maio de 1989, sua empresa passou a fabricar cerveja, ganhando mercado.

O empresário conseguiu transformar um negócio que teve início no quintal de um imóvel em uma das empresas mais rentáveis do País e de renome internacional. Grande incentivador do futebol, como já mencionado, durante anos patrocinou o Ituano Futebol Clube, acompanhando sempre que podia os jogos da equipe.

Carismático, de acordo com pessoas que tiveram a oportunidade de conviver, Nelson era uma pessoa simples, apesar das grandes responsabilidades que tinha. Mesmo com o crescimento da empresa, permaneceu morando em sua casa no Centro e fazia questão de andar pelas ruas sem nenhum segurança por perto. Além disso, gostava sempre de estar próximo de sua família e dos amigos.