17 anos de uma polêmica!

Neste domingo (12), Dia das Mães, será disputado o GP da Espanha, que marca a quinta etapa da temporada 2019 da Fórmula 1 e, curiosamente, a data marca o aniversário de 17 anos de uma das maiores polêmicas da história da categoria.

Em 12 de maio de 2002, também um Dia das Mães, foi realizada a sexta etapa daquela temporada, na Áustria. Após dominar os treinos e sair da pole position, o brasileiro Rubens Barrichello, então piloto da Ferrari, dominava a prova, seguido pelo companheiro de equipe, Michael Schumacher (ALE), que havia vencido quatro das cinco provas anteriores e dominava o torneio.

A vitória parecia certa para Barrichello até que o mesmo recebeu pelo rádio uma ordem da equipe para que cedesse a posição para Schumacher. Embora Rubinho tenha relutado, ele acabou obedecendo a Ferrari, invertendo as posições praticamente na linha de chegada, gerando diversos protestos dos fãs de automobilismo em todo o mundo.

A ‘manobra’ ficou eternizada na narração de Cléber Machado, da Rede Globo de Televisão, que se preparava para narrar a vitória de Barrichello, dizendo que daquela vez não daria para Schumacher, quando narrou, surpreendido, o agora famoso bordão “hoje não, hoje não, hoje sim…hoje sim?”.

Na cerimônia do pódio, as vaias foram constrangedoras para a equipe e para o alemão, que ofereceu a Rubinho o lugar mais alto do pódio e durante a temporada, após a confirmação de seu título, “devolveu a gentileza” lhe cedendo a vitória.

A própria Ferrari repetiu situações do gênero, assim como outras equipes, porém apenas em situações em que quem tinha cedido a posição não contava mais com chances de título. O dia 12 de maio de 2002 é lembrando até hoje, uma vez que a escuderia italiana dominava a temporada (embora ainda estivesse no início) e Rubinho tinha totais condições e direito de brigar pelo primeiro lugar da prova e da temporada.

Agora, 17 anos depois, a equipe que sobra na temporada é a Mercedes e vem mostrando que não há nada de errado em deixar seus dois pilotos (Lewis Hamilton e Valtteri Bottas) brigarem civilizadamente pela ponta. Que 12 de maio de 2019, véspera do aniversário de 69 anos da primeira corrida da Fórmula 1 (GP da Inglaterra, em Silverstone), possa ser um marco positivo para o esporte, caso o favoritismo das “flechas de prata” volte a se confirmar.