A festa dos ituanos com o tri do Palmeiras na Libertadores

Os ituanos Thiago Oliveira, William Quicoli, João Vitor, André Pace e Júnior Zaccharias fizeram a festa no Uruguai (Foto: Arquivo pessoal)

No último sábado (27/11), após vencer o Flamengo por 2×1 no Estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai, o Palmeiras conquistou pela terceira vez a Copa Libertadores da América. O título fez com que os palmeirenses em todo o Brasil fossem às ruas para comemorar o título tão importante. Em Itu, não foi diferente. Os torcedores fizeram a festa na Praça Padre Miguel (Matriz), entre eles o motorista de aplicativo Fabian Camargo.

Neto e filho de palmeirenses, Fabian, de 49 anos, manteve a tradição familiar. Após assistir ao jogo ao lado de seu pai, do irmão e do sobrinho, foi fazer a festa na praça. “Esse título estava meio engasgado, porque o Flamengo é o melhor time, mas não o melhor elenco. Quem decide o campeonato é o time inteiro e o Palmeiras fez a diferença”, disse ele.

Fabian Camargo festejou mais uma conquista do Verdão, na Praça da Matriz (Foto: Arquivo pessoal)

“A comemoração foi gigantesca, pois estávamos engasgados com o Flamengo desde quando a  gente perdeu a supercopa no começo do ano, em que o Palmeiras jogou melhor, mas perdeu nos pênaltis. A gente precisava desse título. Agora estamos em outro patamar”, prosseguiu.

Mas a festa dos ituanos extrapolou as fronteiras. O empresário José Amarildo Zaccharias Júnior, de 27 anos, foi juntamente com os amigos para Montevidéu e assistiu a decisão no Centenário. “Acompanhar o tricampeonato de perto foi uma sensação única! Para chegarmos até Montevidéu, enfrentamos algumas horas de carro, ônibus e avião, mas a todo momento estávamos confiantes no triunfo do Verdão”, destaca.

O advogado ituano André Phelipe Pace também esteve no Uruguai e faz um relato sobre a viagem e a festa. “Entre conexões, troca de aviões, atrasos em voos e passagem pela imigração, saímos de Viracopos no dia 26 à noite e chegamos em montevidéu no dia da partida, três horas antes de iniciar a partida, somente com a roupa do corpo, documento, ingresso, itens da sorte, como a bandeira feita à mão pela minha falecida avó e esperança de voltar com o título”, conta.

“No caminho ao estádio, encontramos pela rua mais alguns amigos palmeirenses, os quais conhecemos de Itu e de jogos que costumamos frequentar juntos. Aí foi só alegria, a sorte já começava ali e fomos todos juntos até o mítico Centenário. Ao adentrar a arquibancada a emoção tomou conta. Nossa torcida, apesar de bem menor no estádio, estava pulsando, pois todos ali tinham esperança e confiança na taça”, relata o advogado.

“Com o apito final, a explosão de alegria e a comoção foi geral na torcida. Jamais esquecerei desse momento. Consegui ainda falar com meu pai por chamada de vídeo, logo após o fim do jogo, foi ainda mais emocionante pra mim. Saímos do estádio e foi só comemorar, com uma bela carne uruguaia e uma cerveja ‘trincando’. Dali partimos direto pro aeroporto novamente, com uma sensação inexplicável pra quem não é palmeirense, e na bagagem o tricampeonato”, acrescenta André.

Matheus Donadio durante a vitória de 2×1 do Palmeiras sobre o Flamengo (Foto: Arquivo pessoal)

Matheus Rodrigues Donadio, filho do ex-presidente e atual conselheiro do Comtur de Itu Ângelo Donadio, é paulistano e também relatou sobre sua viagem ao Uruguai para acompanhar o Verdão. “Foi a primeira vez que fiz uma viagem exclusivamente por causa do meu time do coração. Eu sou um cara que gosta muito de futebol, sou fanático e graças a Deus deu tudo certo, foi uma experiência muito positiva”.

Matheus. que chegou com amigos a Montevidéu na sexta-feira (26), destaca que os brasileiros foram muito bem recebidos pelos uruguaios e, no geral, a experiência foi muito boa, embora tenham existidos alguns momentos de sufoco. “No aeroporto, tinham muitos torcedores, tanto de Palmeiras quanto de Flamengo, muito mais flamenguistas, e isso deu um pouco de medo na gente, pois estavam tendo alguns enfrentamentos”, afirma. “Mas não aconteceu nada de ruim”, recorda Donadio.

Comemoração tripla

Para o funcionário público Paulo Roberto Ferreira Facchini, o dia 27 de novembro foi de comemoração não só pelo tricampeonato do Palmeiras. Enquanto seu time do coração conquistava o título, ele estava em Itu se casando. Isso mesmo, se casando. “Foi muito legal, inesquecível. Levamos bandeira, camisas e quando deu o final do jogo fizemos a festa”.

Paulo Roberto Ferreira Facchini casou-se com Simone Pereira Lima enquanto seu time do coração era tricampeão da Libertadores (Foto: Bruna Garcia)

“A emoção foi grande porque, quando estávamos no altar, saiu o primeiro gol e aí já viu, né? Me avisaram no meio da cerimônia”, diverte-se Paulo, que acrescenta. “Aí terminou a cerimônia e fomos pra festa. Foi aquela tensão por conta da prorrogação. Quando o Deyverson fez [o gol do título], aí jogamos bandeira pra cima, colocamos camisetas, tinham vários palmeirenses no local”.

Paulo se casar no dia da conquista da Libertadores de fato foi obra do destino. Previamente, o casamento estava marcado para o dia 30 de janeiro deste ano, justamente no dia em que o Palmeiras faturou a Libertadores 2020 sobre o Santos, porém, devido à pandemia de Covid-19, a cerimônia foi remarcada para o dia 27 de novembro. Outra curiosidade: a noiva de Paulo, a também funcionária pública do Estado, Simone Pereira Lima, é torcedora do Santos!

A comemoração para Paulo e família foi ainda maior no sábado, já que aproveitaram a ocasião para comemorar de forma antecipada o aniversário de sua filha, a jornalista Beatriz Facchini, que completou idade nova na segunda-feira (29/11).