Amor pela leitura e resistência cultural em meio à pandemia

Élida Marques vem se reinventado durante a pandemia para manter as finanças e a cultura em evidência (Foto: Divulgação)

Neste sábado (20) comemora-se o Dia Internacional do Contador de Histórias. A data de celebração foi criada em 1991, na Suécia, com o objetivo de reunir os contadores e promover a prática pelo mundo. A arte de contar histórias marcou, através dos tempos, a história da humanidade, construindo estímulos em relação à leitura e ao imaginário.

Três décadas depois, a proposta deu mais do que certo, com muitos incentivos à leitura e a contação de história. E neste contexto, em Itu, está Élida Marques. Atriz, produtora cultural e leitora pública, ela é idealizadora, ao lado de seu marido, o ator e palhaço Nando Bolognesi, do projeto “Ler é uma Viagem”, programa de incentivo à leitura, existente desde 2003.

O projeto realiza sessões de leitura com música ao vivo, eventos e oficinas culturais, tendo como proposta formar mediadores de leitura e estimular o prazer da descoberta do texto entre crianças, jovens e adultos.

Em março do ano passado, devido à pandemia de Covid-19, o “Ler é uma Viagem”, da forma como ficou conhecido, necessitou dar uma pausa e se reinventar. Na “jornada da literatura brasileira”, como Élida faz questão de destacar, transformou a impossibilidade momentânea em uma forma de propagar seu ideal de uma maneira rápida e segura.

No canal “Ler é uma Viagem” no YouTube, a produtora cultural vem contando histórias e promovendo a cultura por meio de suas transmissões ao vivo em seu perfil no Facebook (e posteriormente postado em seu canal) às segundas-feiras, sempre às 20h. Nelas, a atriz promove a leitura do livro “Memorial de Maria Moura”, de Rachel de Queiroz, e todas às sextas-feiras, no mesmo formato, realiza leituras das obras de Guimarães Rosa.

“Eu acho que a gente conta histórias para se salvar e salvar a humanidade, para a gente relembrar de onde a gente vem, o perigo das escolhas e suas consequências positivas. São tantos significados…”, comenta Élida ao Periscópio. “Histórias nos enchem de vidas”, acrescenta ela.

Além de seguir promovendo a cultura, a ação também serve como uma opção de suporte financeiro, já que há mais de um ano, com as atividades presenciais canceladas devido à pandemia, o trabalho deixou de ser viável. “As atividades culturais continuam em situação crítica por conta da pandemia, e não teremos uma ‘volta ao normal’. Por isso, necessitamos cada vez mais dessa rede apoio”, explica.

Élida divulga em suas redes sociais uma contribuição financeira espontânea. A contribuição pode ser feita via Pix (chaves lereumaviagem@gmail.com e 089.995.948-23) ou acessando o QR Code durante a live. Para acompanhar as transmissões e demais trabalhos de Élida Marques, acesse facebook.com/elida.marques.96. Já o canal “Ler é uma Viagem” no YouTube pode ser acessado através do link bit.ly/ler-viagem.