Ana Stela é a primeira mulher a integrar a Banda Regimental do CPI-7 de Sorocaba

Ana Stela tem a música no sangue e o amor à PM no coração (Foto: Divulgação)
 

A Soldado PM Ana Stela dos Santos Fidêncio, que está há quase sete anos na Polícia Militar tendo atuado nas cidades de Osasco e de Itu, recentemente entrou para a história. Em abril deste ano, ela tornou-se a primeira policial militar feminina da história a integrar a Banda Regimental do Comando de Policiamento do Interior 7, de Sorocaba.

 Criada em 23 de fevereiro de 1934, a Banda Regimental de Música e seus músicos atuam em solenidades militares, eventos cívicos, em  projetos culturais e cívicos em escolas, em asilos e casas de repouso, em hospitais num trabalho de musicopterapia, além da atividade operacional (policiamento), tudo representando a Polícia Militar, que além de proteger a sociedade também demonstra seu lado cultural alegrando as pessoas com a boa música em seu vários estilos.

De acordo com a lei nº 12.124 de 8 de novembro de 2019, a Banda Regimental de música do CPI-7 foi declarada “Patrimônio Cultural Imaterial” da cidade de Sorocaba, tal a sua importância cultural e histórica. Ao Periscópio, a Soldado PM que atuou no 50º Batalhão de Polícia Militar do Interior, com sede em Itu, comentou o fato história de ser a primeira mulher a integrar a Banda Regimental de Música. “Pra mim está sendo honra e uma responsabilidade imensa, pois estou representando muitas mulheres e sei que com isso abrimos portas pra outras guerreiras abrilhantarem as Bandas Regimentais da PM”.

 Embora seja policial militar há quase sete anos, o sonho pela profissão veio muito anos, de acordo com Ana Stela, que na Banda Regimental é trompetista e trombonista. “Ser policial é algo a mais que uma profissão, é se doar e servir ao próximo nem que isso custe a sua própria vida, então creio que ser policial é algo que somos escolhidos por Deus”.

 Assim como a Polícia Militar, a música sempre esteve fortemente presente em sua vida, aliás está em seu sangue. “Sou de uma família evangélica onde meu avô era encarregado de orquestra na igreja, a música vem passando de geração em geração”.

O interesse pela música, porém, veio em meados de 2000, em um projeto de fanfarra na escola em que a PM estudava na cidade de Sorocaba (E.M. “Prof. Flávio de Souza Nogueira”). “Após, iniciei o curso de trombone no Conservatório de Tatuí por cinco anos, toquei na Banda Marcial de Sorocaba, Orquestra Jonny Clear Real, Banda Dimas de Melo e fui maestrina na Banda FILM”.

Sobre sua atuação na Banda Regimental, a polícia militar explica que tem sido “um aprendizado a cada dia, mas agradeço o carinho e todo apoio que estou recebendo dos meus parceiros e principalmente do mestre (1º Sargento PM Fabiano Aparecido Oliveira), que mesmo após tantos anos sem tocar ele ainda confiou no meu potencial e me proporcionou ter a honra de ser um marco tão importante pra história da PM”. Ao concluir, a trompetista deixa uma mensagem para as mulheres que planejam ingressar na PM. “Que elas tenham fé, pois no final essa será a sua maior arma”.