Após matar jovem a facadas em 2014, homem é condenado a 18 anos de prisão

Momento em que o juiz Dr. Hélio Furukawa declara a sentença de Agenor Alacrino da Silva / Foto – Daniel Nápoli

Foi condenado a 18 anos de prisão, em regime fechado, Agenor Alacrino da Silva, de 57 anos, em júri popular realizado no Fórum de Itu na tarde da última quinta-feira (13).

O indivíduo foi condenado por homicídio triplamente qualificado, com os agravantes sendo torpeza, crueldade e defesa que dificultou a vítima, em crime ocorrido no dia 9 de dezembro de 2014, quando Agenor matou com 15 facadas a auxiliar de produção Fabiana Graeff, que tinha 24 anos na época e estudava Administração de Empresas. Ela deixou o marido Thiago Lourensato e dois filhos, que hoje possuem 12 e 10 anos de idade.

O crime ocorreu no bairro São Luiz, com Fabiana não correspondendo ao assédio praticado por Agenor. Na época, de acordo com testemunha, esta passava pelo local quando viu a vítima ferida, correndo para o outro lado da rua, momento em que caiu ao chão. Fabiana chegou a ser socorrida junto ao Pronto Socorro do Hospital São Camilo, porém veio a falecer na unidade de saúde em virtude dos ferimentos sofridos.

Agenor conseguiu fugir, sendo encontrado e preso pela Polícia Civil somente no dia 13 de junho de 2017, na cidade de Guaratuba, litoral do Estado do Paraná. Desde então ele aguardava pelo julgamento.

Após o júri, o Periscópio esteve em contato com o Promotor de Justiça Dr. Luiz Carlos Ormeleze, que considerou o resultado satisfatório. “A Promotoria trabalha com a verdade e a sociedade de Itu, representada pelo Conselho de Sentença, vem nos últimos anos acolhendo a tese da Promotoria todas as vezes e fiquei satisfeito mais uma vez. Agradeço a sociedade de Itu por meio do Conselho, composto de pessoas sérias que não estão aceitando teses defensivas não comprovadas”, disse ele.

Ao JP, o advogado de Agenor, Dr. Ismair da Silva Sátiro, declarou que pretende recorrer da sentença. “Diante dos fatos ocorridos, temos um consenso dentro do escritório, tanto eu quanto a Dra. Bianca (Krüger), nós não concordamos com o veredicto e vamos sim entrar com os recursos cabíveis em um momento oportuno, para que seja provada de fato a verdade sobre os fatos ocorridos”.

Após ter acompanhado o julgamento, o viúvo de Fabiana, Thiago Lourensato, conversou com a reportagem e aproveitou para agradecer. “É um sentimento de alívio, a Justiça foi feita. Não tem como ficar impune um crime como esse. Agradeço imensamente o promotor Dr. Ormeleze pelo excelente trabalho”, comenta o pai dos filhos da vítima, com quem viveu por nove anos.