Apreciando a copa das palmeiras

Parece brincadeira. Entretanto, olhar a copa das palmeiras dançando ao sabor do vento é um exercício estético fabuloso.

Em geral as pessoas não ficam olhando a copa das palmeiras. Não têm tempo, não é mesmo?

Pois  hoje tive tempo e pude apreciá-las olhando pela janela do quarto “upstairs” da casa na praia. Bem, se a casa é na praia fácil é se perceber que estamos gozando férias. E é nesses momentos que tais surpresas ficam importantes.

A palmeira é uma árvore majestosa. De tronco ereto, termina num tufo verde que anuncia a sua superior estatura. Suas inúmeras folhas, todas verdes, bem estreitas e compridas prendem-se, fixadas, em eixo longo, formando uma palma. Daí o seu nome: Palmeira.

Essas palmas, amontoadas, constroem a cúpula da árvore preferida de Dom Pedro II, motivo pelo qual as mais elegantes e de importante “pedigree” são conhecidas como “Palmeiras Imperiais”.

Este devaneio perde importância diante da dança que as palmas executam ao sabor do vento. Se um pouco mais forte, elas se esparramam para os lados, balançando-se num ritmo mais ousado. Se brando, chegando quase a ser apenas brisa, se encolhem e se aninham umas nas outras.

E assim segue a dança das palmas verdes, embalando meus pensamentos. Pensamentos tranquilos, trazendo sorrisos de esperança neste terceiro dia do Ano Novo que se inicia – 2019.

Aproveito e faço mais uma promessa: encontrar mais tempo para apreciar a copa das palmeiras!

Maria Angela Pimentel Mangeon Elias
Cadeira nº 17 | Patrono Olívia Sebastiana da Silva