Arranha-Céu: Coragem Sem Limite

Por André Roedel

Arranha-Céu: Coragem Sem Limite foi o terceiro filme com Dwayne “The Rock” Johnson no elenco que vi nos cinemas somente neste ano. E por mim via um novo com o astro como protagonista toda semana. Que carisma o cara tem! É impressionante como qualquer longa-metragem genérico de ação se torna um evento interessante de se assistir com ele no papel principal.

Nesta produção da Universal Studios e a Legendary Pictures, The Rock interpreta um ex-agente do FBI que carrega um trauma vivido em sua última missão. Anos após o incidente, ele abre uma empresa de segurança e é contratado para realizar uma vistoria no maior prédio do mundo: o Pérola, localizado em Hong Kong. Com tecnologia de ponta, o arranha-céu guarda um segredo que fará um grupo de criminosos tentar derrubá-lo para conseguir obtê-lo.

Em meio a essa trama genérica de ação, com muitos elementos inspirados em “Duro de Matar”, The Rock dá seu show habitual. É um pai carinhoso, marido fiel (sua esposa é interpretada pela maravilhosa Neve Campbell, da franquia Pânico) e bate muito bem nos bandidos que ameaçam sua família, presa no meio de um edifício com mais de 200 andares e em chamas.

As tomadas de ação do filme são insanas. Eu, que tenho pavor de altura, prendi a respiração em muitas delas. O personagem de The Rock se aventura em guindaste, se equilibra em parapeitos e se pendura em cordas para conseguir resgatar seus familiares e colocar fim ao ataque dos bandidos. Como em quase todos os filmes protagonizados por ele, tudo é muito preto no branco: o astro é o mocinho e qualquer um que se coloque à frente dele é o vilão da história.

Porém, tirando todo o carisma do maior astro de Hollywood na atualidade (não me canso de repetir isso), Arranha-Céu: Coragem Sem Limite é um filme sem novidades. Trilha sonora genérica, personagens secundários insossos (Pablo Schreiber e Chin Han até se esforçam) e uma direção burocrática de Rawson Marshall Thurber (que trabalhou com The Rock em Dois Espiões e Meio).

No fim, o longa-metragem de pouco mais de 1h40 de duração foi claramente pensado em ganhar uns trocos no mercado asiático – a mina de ouro para filmes desse tipo. Tanto que escalaram um grande nome (The Rock), ambientaram a trama em Hong Kong e conta com asiáticos em todos os cantos da tela (quem se destaca mais, além de Chin Han, é Byron Mann). Se você gosta de ação e The Rock, é pedida certa. Se não gosta, aguarde a exibição num Domingo Maior da vida…

 

Nota:

 

 

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