Aumento da conta de energia elétrica impacta ituanos

Carlos D’Ambrósio é presidente do Sincomércio, Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Itu e Região (Divulgação)

Os brasileiros, principalmente as camadas mais baixas da população, estão vendo com preocupação e até indignação mais um aumento das contas de energia elétrica. E isso se dá pelo fato da falta de chuva, aquecimento global e desmatamento, dentre outros problemas.

Atualmente a taxa extra, em R$ 9,49 a cada 100KWh consumidos, terá reajuste de 15,2% (bandeira vermelha nível 2), passando para algo entre R$ 15,00 e R$ 20,00 a cada 100KWh, correndo ainda o risco de novo apagão. Isso se deve principalmente a maior crise hídrica do país nas últimas nove décadas. O aumento já será verificado nas contas a partir de setembro.

A reportagem do Periscópio manteve contato com o presidente do Sincomércio – Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Itu e Região, Carlos D’Ambrósio, 73 anos, que falou sobre o impacto do aumento no comércio da cidade. “O aumento impacta toda a comunidade. O comércio sente muito com isso e o reflexo é que muitos comerciantes estão sendo obrigados a fechar seus negócios. Isso acaba não só abalando os comerciantes, como de forma geral todas as famílias”, lamentou.

Maria Regina Tome Kumano, 53 anos, que responde pelo Niki Restaurante e Lanchonete, um dos mais tradicionais de Itu, disse que “até a última conta (agosto) não senti o aumento. Como teve os dias de frio, não precisamos ligar o ar condicionado, que é o que dá mais diferença. Uma das ações que faço, é comprar [mercadorias] mais vezes, para não utilizar muito os freezers”.

Fábio Ricardo Ceratti, 47 anos, da Casa de Carnes Sheike diz que “aqui tudo gira em torno da energia elétrica. A maioria dos produtos que vendemos dependem da energia e com o aumento, o problema maior é repassar os custos. A carne aumentou, a energia aumentou e não podemos repassar tudo para o consumidor. Então somos obrigados a trabalhar com uma margem menor de lucro”.

De imediato, a esperança é que a chuva possa chegar para ao menos minimizar a crise hídrica, mas o problema, como se sabe, não é apenas ambiental, mas também político e econômico.