Câmara aprova projetos para financiamento de aproximadamente R$ 42 milhões

Aprovação veio após a realização de duas sessões extraordinárias na manhã de ontem (19)/ Foto – Daniel Nápoli

Em sessões extraordinárias realizadas na manhã de ontem (19), a Câmara Municipal de Itu, os vereadores aprovaram em primeira e também em segunda discussão, três projetos que juntos, contemplam aproximadamente R$ 42 milhões, para que possa ser dada continuidade ao financiamento junto a Caixa Econômica Federal, com garantia da União, até dezembro deste ano.

Os projetos visam R$ 28 milhões para recapes e obras de acessibilidade e mais de R$ 14 milhões para investimentos na rede de distribuição de água, visando evitar perdas e desperdícios, além de iniciar estudos para a ampliação de reservatórios.

A expectativa é a de que o montante seja liberado para Itu até o final deste ano, uma vez que o prazo final estipulado por lei é o próximo dia 12 de dezembro.

Sessões

Retornando às sessões,  os três projetos foram votados favoráveis por 9×1 (em primeira discussão). Contrária ao financiamento, a parlamentar Maria do Carmo Piunti (PSC) comentou. “No ano passado, votei favorável a dois financiamentos, pois ao faço oposição raivosa, sistemática, como fazia Guilherme Gazzola. Não posso aprovar um financiamento como esse, de carência de quatro anos, em que a dívida vai ficar para os próximos prefeitos. Não tem dinheiro hoje e os juros correm”.

A vereadora, acrescentou. “Não vou compactuar com essa dívida para Itu. Não quero colocar a cidade no buraco. Pode-se falar que com o tempo, a arrecadação da cidade irá aumentar. Sim, irá, mas a população também aumentará, assim como suas necessidades”, disse.

Confronto

Após a palavra de Maria do Carmo, Ricardo Giordani se manifestou, rebatendo. “Acham que o povo tem memória curta. Um certo ex-prefeito, foi o responsável pela primeira grande crise hídrica de Itu. É muito fácil falar em oposição raivosa, quando se tinha um prefeito que perseguia as pessoas, inclusive com agressões a familiares do atual prefeito. Quanto ao financiamento, poderia ajudar a pagar a dívida por exemplo, pagando mais de R$ 1 milhão por improbidade administrativa, aliás triplamente condenado, não podendo hoje se candidatar nem a síndico de prédio”.

O parlamentar prosseguiu. “Podemos começar a pagar esse financiamento justamente cobrado execuções fiscais. É fácil falar que a dívida será empurrada para os próximos prefeitos, quando o próprio ex-marido da vereadora não paga o que deve (se referindo a Lázaro José Piunti)”.

Análise

Após, o vereador Normino da Rádio (PHS) também fez o uso da palavra. “Voto favorável, pois não vejo outra alternativa. Existem ações que não podem esperar e vejo que se contrata com responsabilidade. Independente do prefeito, agiria da mesma forma”, pondera.

Thiago Gonçales (PR), acrescentou. “Isso só foi conquistado (o direito ao financiamento), porque a cidade está com as contas em dia e aproveito para parabenizar o vereador Giva, que lá no dia 15 de novembro de 2017 teve essa visão política’.

José Galvão (DEM), que também votou favorável, fez algumas ressalvas. “Gostaria de ter feito uma emenda, mas entendo a urgência dos projetos e também entendo a importância de se trazer esses recursos para que possa ser desenvolvida uma série de benefícios”, disse o parlamentar.

A primeira sessão foi encerada  com as aprovações dos projetos em primeira discussão por 9×1. O vereador Henrique de Paula Santos (PV), não compareceu a nenhuma das sessões, enquanto que Macruz (PTB), participou apenas da votação do terceiro projeto em segunda discussão.

Segunda sessão

Já na segunda discussão, os dois primeiros projetos foram aprovados por 9×1, com o último tendo aprovação por 10×1. Durante a segunda sessão, Luciano do Secom (PTB) fez o uso da palavra. “Vemos a necessidade de se colaborar com a cidade. Acompanhamos o trabalho intenso da Prefeitura, mas muitas vezes falta recurso.

Na oportunidade, Dito Roque (PODEMOS), fez questão de enaltecer o trabalho do Legislativo. “São nesses momentos que vemos a importância do vereador. Se o vereador quiser, ele trava um governo, trava a administração pública. Essa Casa de Leis merece respeito”.

Ao término da sessão Giva (PROS), fez questão de dizer que a aproximação junto ao Governo Federal ao foi uma conquista sua e sim de toda a cidade. “Não tenho vaidades. Não podemos ter. Essa é uma conquista de todos os vereadores desta casa e de toda a cidade. Outro ponto importante é que vamos poder pagar esse financiamento e temos crédito”.