Cinerama: Agente das Sombras

Liam Neeson desperdiça talento em novo filme de ação (Foto: Divulgação)

Blacklight, Ação, 2022
Direção: Mark Williams | Em cartaz nos cinemas

Nota: 

Sempre digo que, de tempos em tempos, Hollywood nos “brinda” com um filme da cota “Supercine”, aquela sessão de filmes de ação e suspense da Globo. Geralmente essas obras são protagonizadas por homens brancos de meia-idade (ou mais) em papéis másculos. “Agente das Sombras”, protagonizado por Liam Neeson, é mais um desses filmes.

Na trama, o ator interpreta Travis Block, que trabalha para o FBI, mas não é um agente comum. Ele se move pelo mundo das sombras, pelos bastidores, ajudando agentes secretos que se veem em uma situação da qual não conseguem escapar. Ele acaba envolvido em uma conspiração quando um agente secreto questiona os seus superiores. Nisso, cabe a Block encontrar esse sujeito, e também descobrir se não está sendo usado pelo homem em quem confia.

A história é mais do mesmo e o diretor Mark Williams faz o arroz com feijão (sem tempero). Com uma temática fraca ainda por cima (sério, até quando vão insistir nesses filmes de conspiração com subtramas políticas tão rasas?), o filme ainda desperdiça o bom Liam Neeson, que sempre vai bem tanto na ação quanto no drama, mas aqui não está nada à vontade com o papel.

O personagem principal até parece ter um background interessante, principalmente pelo fato de ele ter TOC (transtorno obsessivo compulsivo). Mas isso em nenhum momento é explorado pelo roteiro, que tem inúmeras saídas fáceis e coadjuvantes surgindo “do nada” em tela, sem as devidas apresentações. “Agente das Sombras” é, definitivamente, uma bomba que só é comprada por quem só quer ver porradaria sem sentido na telona.

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