Cinerama: Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore

Mads Mikkelsen está magnético como o bruxo das trevas Grindelwald (Foto: Divulgação)

Fantastic Beasts: The Secrets of Dumbledore, Fantasia/Aventura, 2022
Direção: David Yates | Em cartaz no Cine Plaza

Nota: ★★

Que porre de filme é esse novo “Animais Fantásticos”. Extremamente chato no começo e no fim e, quando parece engrenar, acaba. Claramente os produtores perderam a mão nessa franquia do universo Harry Potter. Começaram de uma forma e ‘enfiaram’ tanta coisa que agora estão com dificuldade de dar sequência à história maior – este foi o terceiro de cinco filmes que foram pensados inicialmente. O filme claramente não tem foco.

Neste novo longa, que vem depois de longos quatro anos, até mesmo o fã mais ardoroso da obra de J.K. Rowling vai penar para se lembrar da história e se apegar aos personagens. Isso porque “Animais Fantásticos” até tenta, mas não tem carisma. É uma filme totalmente feito para estúdio lucrar.

O longa mostra Dumbledore (Jude Law) reunindo uma nova equipe para impedir que Grindelwald (dessa vez vivido por Mads Mikkelsen, que substitui o “cancelado” Johnny Depp) domine o mundo bruxo – e trouxa também –, em uma clara referência à ascensão do nazismo na Europa do fim dos anos 1920. Nisso o filme até vai bem. O trunfo maior está nos dois atores, principalmente Mikkelsen, que está magnético como o bruxo das trevas.

A ousadia de explorar um romance passado entre Dumbledore e Grindelwald também se destaca em meio a tanto senso comum e uma trama apática, sem brilho como a paleta de cores escolhida por David Yates – diretor histórico da franquia Harry Potter. No geral, “Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore” é um filme dispensável.

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First Cow
Uma história de amizade em meio ao Velho Oeste. Num período de desbravamento, dois marginalizados pela sociedade da época iniciam uma parceria em torno de algo em comum: o sonho de uma vida melhor. Para isso, se unem em um esquema para roubar leite da primeira e única vaca do território e começam a vender seus derivados. Com uma visão mais intimista para um filme que essencialmente é um faroeste, “First Cow” é o retrato da importância da união entre as pessoas em um ambiente que já começava a sentir a força do domínio capitalista – contando com o olhar feminino de Kelly Reichardt, que faz toda diferença. Um bom filme. Tem na MUBI Brasil. Nota: ★★★★