Com dívida de cerca de R$ 2 milhões, Bar do Alemão de Brasília é despejado

Apesar do mesmo nome, unidade da capital federal não possui qualquer ligação com restaurante de Itu atualmente

Lucas Gandia

O Bar do Alemão de Brasília, localizado no Setor de Hotéis de Turismo Norte, foi fechado na manhã de ontem (5) por falta de pagamento. Com três anos de funcionamento na capital federal, os donos do luxuoso restaurante situado às margens do Lago Paranoá devem dois anos de aluguel, acumulando uma dívida de cerca de R$ 2 milhões. As pendências são ainda maiores se forem levados em consideração o atraso em salários e os FGTSs recolhidos e não depositados, além de diversas férias vencidas.

Segundo informações do Jornal “Correio Braziliense”, a empresa Construcem, dona do imóvel alugado pelo restaurante, tenta receber os aluguéis há cerca de dois anos. A princípio, o grupo acionou a Justiça com o objetivo de “provocar” os sócios do Bar de Alemão para que acertassem os pagamentos de forma voluntária. Como a medida não surtiu os efeitos esperados, o oficial de Justiça teve que apresentar o pedido de despejo.

Entre os proprietários do Bar do Alemão de Brasília estão o deputado federal e candidato a prefeito de São Paulo Celso Russomano (PRB); Luna Mirah Gomes, filha do ex-deputado Eduardo Gomes (PSDB); a Yellowwood Consultoria – cujo administrador, Augusto Ribeiro de Mendonça, é delator da Lava Jato – e Geraldo Vagner de Oliveira, empresário que morreu junho deste ano, na queda de um helicóptero em Jundiaí (SP).

Sem vínculos
Conforme apurado pelo “Periscópio”, atualmente, o estabelecimento da capital federal não possui qualquer tipo de ligação com o Bar do Alemão de Itu. “Um dos proprietários do restaurante ituano já foi sócio em Brasília, mas saiu de lá há bastante tempo”, ressalta uma fonte ligada à empresa, que preferiu não se identificar.

Ainda segundo a pessoa ouvida pelo JP, os empresários de Itu estão tranquilos em relação ao assunto. “Quando a sociedade foi desfeita, tentaram negociar a troca de nome, até porque já sabiam que o futuro da unidade de Brasília seria esse. Dono de restaurante é dono de restaurante; político é político”, enfatiza. “As conversas não avançaram, mas não levaram nada para a Justiça, pois mantiveram uma relação respeitosa”.