Comerciantes entrevistados são favoráveis ao “Projeto das Fachadas”

Para Márcio Regina de Camargo, “antigamente parecia uma guerra de egos, um comerciante queria aparecer mais que o outro”/ Foto: Beatriz Pires

Nesta semana, o Periscópio foi às ruas para ouvir alguns comerciantes da região central da cidade para saber se os mesmos são favoráveis ou contrários ao “Projeto das Fachadas”. Dos comerciantes ouvidos, a maioria se mostrou favorável à reformulação, tendo até já feito a mesma. Alguns mostraram-se contrários, porém prefeririam não se identificar, exceto um deles, que apesar disso, também já adequou a sua fachada.

Para a comerciante Regina Kumano, do Niki Restaurante e Lanchonete, a implantação do decreto foi positiva. “Foi muito bacana, hoje o Centro está muito mais bonito. Talvez o modo em que foi colocado é que gerou um pouco de polêmica, porque deveria ter sido discutido primeiro com o comércio, até explicar o porquê. Mas o Centro hoje é outro, com novo visual. Sou favorável. Pela conversa que tenho com outros comerciantes, eles estão contentes, o Centro está movimentado”.

Márcia Regina Camargo, da OPT Óculos, também se diz favorável. “Antigamente parecia uma guerra de egos, um comerciante queria aparecer mais que o outro, enfeando e sujando a cidade. Agora não, a cidade está com uma aparência bonita, de cidade turística. A ideia foi muito boa. O Centro fica mais apresentável, antes, apenas o shopping que era arrumado”.

O também comerciante Gustavo Gérson Carneiro, de uma loja de colchões, anteriormente era contrário, porém mudou de ideia. “Eu fui a favor depois de ter reformulado a loja. Querendo ou não a cidade ficou mais bonita. Foi uma coisa benéfica para a cidade, mas a falta de comunicação que houve entre a Prefeitura e os comerciantes é que acabou não ajudando. Só discordo da forma como foi colocado”.

Gustavo acrescenta: “Por mais que as lojas tenham feito a parte delas, a Prefeitura precisa fazer a sua parte também, a calçada aqui da Rua Floriano (Peixoto) é ridícula, é um perigo danado uma pessoa cair, ser atropelada. A calçada é mínima. Itu tem uma história muito grande, mas a história está sempre mudando e acho que precisamos fazer história também. Não adianta nada ficar olhando até que alguém caia e morra  por conta de uma situação que a gente pode resolver. As ruas são muito mal pavimentadas, a fiação é ridícula, vira e mexe ficam caindo fios. Acho que a Prefeitura tem que fazer a parte dela também”.

Mesmo tendo feito as alterações necessárias na fachada de sua loja de chinelos, Bruno Gregório do Nascimento afirma ser contra o decreto. “Eu acredito que a gente deveria ter liberdade para escolher cores, pois até as cores fomos obrigados a seguir dentro da paleta que a Prefeitura colocou para a gente escolher. Em questão de propaganda, o Centro está ‘morto’ com essas mudanças. Você não tem liberdade para colocar banners, para fazer nada para atrair clientes e fazer promoções” , diz, apontando ainda que a mudança piorou o fluxo de consumidores.