Confusão marca sessão da Câmara Municipal de Itu

Foto – Reprodução/Staff News TV

Uma confusão marcou o início da sessão realizada na última terça-feira (21) na Câmara de Itu. A Guarda Civil Municipal precisou conter uma munícipe e, fora das dependências do Legislativo ituano, houve mais desentendimentos.

Tudo começou quando uma cidadã conhecida como Lopes Vieira pediu aos vereadores um minuto de silêncio pela morte de uma senhora que, segundo ela, não teve o atendimento médico necessário. Diante da insistência de Lopes, o presidente do Legislativo, Givanildo Soares, pediu que a GCM a retirasse da sessão. Porém, no momento só haviam guardas masculinos.

O impasse resultou no atraso da sessão. Líder do prefeito, o segundo-secretário Ricardo Giordani ligou para o secretário de Segurança Hércules Ferrari solicitando a presença da GCM feminina urgentemente na Câmara. Giva chegou a pedir para sua assessora a presença da Polícia Militar.

Lopes então iniciou uma transmissão ao vivo pelo Facebook enquanto Giva suspendeu a sessão por cinco minutos. Nesse período, ela retirou-se do plenário espontaneamente e foi acompanhada pelos guardas – mas a confusão continuou. Em frente à Câmara, o radialista João do Valle saiu em defesa de Lopes e foi detido pelos GCMs.

Um vídeo gravado pela Staff News TV mostra a ação dos guardas, que usaram da força para conter o radialista. Quatro GCMs foram necessários para algemá-lo. Em seu Facebook, João do Valle declarou que foi “violentamente” contido pelos guardas e levado algemado para a delegacia, assim como Lopes. Ambos foram liberados.

Outras versões
Em nota, a Prefeitura de Itu disse que a GCM “agiu corretamente, aplicando o uso progressivo da força”. Ainda de acordo com o poder público, o vídeo que circula nas redes sociais foi publicado fora de contexto. “Antes da intervenção física observada no vídeo, os dois munícipes foram verbalmente orientados a se retirarem do local e, em seguida, acompanhados no caminho para fora do recinto e, por fim, ao demonstrarem resistência ao trabalho dos agentes de segurança pública, houve a necessidade do emprego de contato físico”.

A Prefeitura informou ainda que os GCMs que atuaram nesta situação relataram que foram alvos de ofensas por parte dos acusados e o caso foi apresentado à Polícia Civil. Já de acordo com a assessoria da Câmara, foi registrado um boletim de ocorrência por ameaça, “pois ela declarou que ‘trocaria tiros’ com o presidente da Câmara”.

“De acordo com funcionários, a manifestante estava alcoolizada. Nós só ficamos sabendo da situação ocorrida fora das dependências da Câmara depois do fim da sessão e não sabemos o motivo. O que sabemos é que são pessoas com intenções políticas que pretendem se promover com esses atos”, declarou o presidente Giva.