“Cruzamento da morte” ganha semáforo

Na tarde de ontem, semáforo já havia sido instalado no cruzamento/ Foto – Moura Nápoli

A Prefeitura de Itu anunciou nesta semana a instalação de um semáforo no “cruzamento da morte” da Avenida Galileu Bicudo com a Rua Ana Schincariol Chierighini (sentido Centro), local onde são registrados vários acidentes e atropelamentos na cidade.

A Secretaria de Segurança, Trânsito e Transporte afirma que o objetivo é diminuir os riscos de acidentes e atender a um clamor da população. A ligação do semáforo, pela CPFL (Companhia Piratininga de Força e Luz), está prevista para até o final desta semana.

“Um dos locais com mais incidência de acidentes graves em nosso município é esse cruzamento. Nosso Departamento de Engenharia de Tráfego realiza monitoramento e estudos constantes para definir quais as principais ações que podem tornar o trecho mais seguro”, explica o secretário da pasta, Hércules Ferrari Domingues da Silva.

Segundo estudo do Departamento, além do fato do cruzamento estar no meio de uma curva, o excesso de velocidade praticado por grande parte dos motoristas que ali trafega torna o trecho ainda mais perigoso.

Em relação ao excesso de velocidade, no último dia 22 foi realizado um estudo técnico no local que apontou que, em três horas, dos 484 veículos que passaram pelo local, 85% deles apresentaram velocidade acima da permitida. Desses veículos em alta velocidade, 29% trafegaram muito superior à permitida. A velocidade máxima registrada pelo estudo foi de 79 km/h, compatível com a de uma rodovia, e não de uma avenida municipal.

 

Opinião

O Periscópio ouviu moradores e comerciantes das proximidades e apurou que vários abaixo-assinados já foram feitos e encaminhados à Prefeitura. A instalação do semáforo vem ao encontro a esse pedido de socorro da população.

A comerciante Viviane Trindade, 31, diz que “é bom por conta dos pedestres”. “O pessoal terá de ter consciência. A culpa não é da Prefeitura. Já presenciei vários acidentes aqui e há necessidade de prevenção. O trânsito cresce muito no final da tarde e o perigo é constante”, comenta.

A aposentada Neuza Domingues, 72, entende que “vai diminuir, mas não vai resolver” os problemas. “Os motoristas passam em alta velocidade, ninguém respeita. Aqui o movimento começa às quatro da manhã. Seria bom se a Rua Felipe Nagib Chebel fosse mão única, apenas subindo em direção ao Poupatempo”, palpita.

Mas, para Márcio Honório, 45, comerciante, “é um gasto desnecessário”. “Bastava fazer uma lombada, não precisava do semáforo. O problema é de quem vem em alta velocidade da Galileu. Se houver uma lombada, o motorista seria obrigado a reduzir a velocidade e evitaria acidentes. Agora, com o semáforo, terá muita gente que quando acender a luz amarela, ao invés de diminuir, irá acelerar”. (Moura Nápoli)