CURA Brazil: projeto beneficente na área de medicina completa 10 anos de fundação

Centenas de pessoas foram atendidas durante os cinco dias do projeto na Vila Progresso/ Foto – Gabriela Prado

Cuidado, respeito e amor. Essas são as três palavras que regem o Projeto CURA Brazil, existente há 10 anos. Neste ano, o CURA Brazil se instalou nas dependências da EMEF “Olga Benário Prestes”, na Vila Progresso, em Itu, para atender crianças e adultos em situação vulnerável. O Periscópio esteve presente em um dos cinco dias do projeto, iniciado no dia 16 e finalizado ontem (20).

O CURA Brazil começou as atividades em 2008, com os fundadores Gregory Dunham, diretor médico, e Antenor Gonçalves, pastor da Igreja de Cristo em Itu. “Essa ‘loucura’ nasceu quando eu estava conversando com Dr. Gregory há 12 anos. Ele perguntou ‘se eu voltar pro Brasil, o que eu poderia fazer?’. E eu disse ‘Greg, você traz seus amigos médicos e eu arrumo amigos médicos e a gente faz um mutirão de saúde’. E assim começou, e só foi crescendo”, contou Antenor sobre o início do CURA, que neste ano completa o décimo aniversário.

Ana Maria da Cruz, aposentada que está em seu segundo ano de projeto como voluntária, também contou como conheceu e passou a participar. “Conheci a Igreja [de Cristo em Itu] primeiro, pois tive câncer e sou transplantada de medula óssea. Por conta disso, ganhei uma vida nova e quis ajudar. Eu tenho muito amor e carinho para dar”, relata. “É um projeto sensacional. Eu chego em casa cansada, mas chego cheia de felicidade. É uma troca de carinho que transborda. E se não fosse o câncer, eu não estaria aqui”.

Para a dona do lar Ineida Tavares Mendes, de 33 anos e mãe de três filhos, tudo do CURA “é ótimo”. “Os recreadores também são ótimos, muito educados”, ressaltou Ineida, que esteve no local durante os cinco dias do projeto na cidade. Assim como Ineida, Marta Ramos de Oliveira, dona do lar de 26 anos e mãe de três filhos, também aprova o CURA Brazil. “O atendimento é ótimo, é muito bom mesmo”, comenta.

As inscrições para voluntariado no projeto foram abertas em maio, mas em dois dias o CURA já tinha mais de 100 voluntários inscritos, de acordo com Bruno Ishikawa, teólogo de 31 anos, voluntário do CURA há nove anos e parte da organização do projeto há quase quatro. A Prefeitura de Itu realiza o transporte dos voluntários – que ficam distribuídos nas áreas de recepção, especialidades, recreação e organização em geral – nos dias do projeto, levando-os ao local às 7h e buscando-os às 18h.

A ONG Por Um Sorriso também participou da ação, atuando na área de odontologia junto aos demais profissionais e médicos, que somam 46 pessoas, mais cinco assistentes, 21 alunos dos cursos das especialidades e 15 pessoas da equipe infantil.

“A gente conhece bastante gente, muitas famílias que no ano inteiro a gente acompanha. Me sinto muito bem de acompanhar as crianças que todo ano vêm”, aponta Bruno, sobre a satisfação em fazer parte do projeto. “As pessoas estão aqui com o propósito de ajudar mesmo”, acrescenta. Em média são três ou quatro atendimentos por pessoa, segundo Bruno, o que chega a somar 600 pessoas para dois mil atendimentos, aproximadamente.

Oftalmologia, ginecologia e clínica geral, entre outras, foram as especialidades do projeto este ano, além dos exames de eletrocardiograma e ultrassom e assistência judicial. Em 2019, o CURA provavelmente acontecerá na terceira semana de junho, mas não possui data definida. Para conhecer mais sobre o trabalho do projeto, acesse o site curabrazil.org ou acompanhe a página do Facebook (/cura.Brazil.nonprofit). (Gabriela Prado)