Dois Pontos – 10/11/18

 

O polêmico “projeto das fachadas” – como ficou conhecida a propositura que institui novos parâmetros para propagandas nas fachadas dos imóveis da zona histórica de Itu – ainda está dando o que falar. Após aprovação em primeira discussão na última terça-feira (06), em uma das mais longas sessões desta legislatura, a proposta recebeu emendas de vereadores – e pode receber ainda mais até as 13h de segunda-feira (12). Tudo indica que o projeto, realizado pela Prefeitura após julgada a inconstitucionalidade do decreto de teor semelhante de abril de 2017, será aprovado. Porém, todo o trâmite dele na Câmara mostrou um desgaste entre Legislativo e Executivo. Mesmos os vereadores contrários ao projeto entendem a importância do mesmo, mas criticam a falta de diálogo entre o Poder Público. Por sua vez, a Prefeitura e os vereadores da base defendem que tudo vem seguindo o protocolo. De qualquer forma, a celeuma gerada em torno dessa discussão causará reflexos futuros – inclusive para as eleições municipais de 2020, pois a movimentação nos bastidores já começou.

 

‘TAMO JUNTO’: Luciano Ribeiro disse em vídeo divulgado em seu Facebook após a votação do “Projeto das Fachadas” que é “um dos poucos vereadores que podem falar que está com o prefeito”, mas que quer ter a prerrogativa de agir e pensar da sua forma de atuar.

 

REQUERIMENTO: O deputado federal reeleito Herculano Passos (MDB) protocolou um requerimento na Prefeitura a respeito do “Projeto das Fachadas”. Em vídeo, o ex-prefeito disse que o PL atrapalha os comerciantes e atacou a administração.

 

RECORDAÇÃO: Em meio à discussão das fachadas, comerciantes ouvidos pelo JP relembraram que o ideal a ser posto em prática seria um projeto do ex-vereador Luiz Costa, de implementar um calçadão na Rua Floriano Peixoto. No ano de 2005, o ex-parlamentar fez a proposta e o comércio local e a população foram ouvidos.

 

TRAVADO: Apesar da recepção favorável na época por parte de muitos munícipes, o projeto acabou não sendo levado adiante pela Câmara de Vereadores. Um dos principais argumentos para o projeto ter sido “travado” foram as intervenções que precisariam ser feitas no Eixo Histórico.

 

‘NÃO ME REPRESENTAM’: O vereador Thiago Gonçales (PR) foi contra a moção de congratulação proposta por Dito Roque (Podemos) ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e ao governador eleito João Doria (PSDB). Segundo ele, por não terem assumido ainda, os novos mandatários ‘não o representam’.

 

VOTOS: Gonçales foi o único que votou contra a homenagem a Bolsonaro. Já a moção para Doria teve mais contrários: além dele, Givanildo Soares (PROS) e Maria do Carmo Piunti (PSC) não concordaram com a proposta. A única mulher na Câmara, aliás, fez críticas ao governador eleito.

 

ILUMINAÇÃO: Após pouco mais de dois meses, a Avenida Wolko Orni Yedlin, no Jardim Paraíso I, voltou a ter a sua iluminação pública normalizada. Anteriormente, a escuridão que se fazia estava facilitando a ação de ladrões, que efetuaram furtos de veículos, bem como roubos a pessoas nas proximidades.

 

MANIFESTAÇÃO: No sábado (17), às 17h, a Praça do Carmo será ponto de partida de uma manifestação contra a saúde pública de Itu. Os organizadores do ato estão promovendo o mesmo por meio das redes sociais. O mote do manifesto foram as mortes de três pessoas neste ano, que teriam ocorrido devido às condições do atendimento médico.

 

REFLEXOS: Nesta semana, moradores da Rua Bom Jesus, no Centro, acionaram a Defesa Civil para averiguar a situação de uma árvore após o vendaval de dia 31 de outubro. As autoridades competentes estiveram no local e determinaram a extração da árvore, que tinha risco de queda.

 

ANÁLISE: O Periscópio questionou a Prefeitura, que em nota divulgou que a Defesa Civil segue analisando o caso de outras árvores que possam estar em risco de queda na cidade, tanto após o vendaval na tarde de quarta-feira quanto os ventos de menor intensidade do último sábado (03).

 

FUXISCÓPIO

Usuários de ônibus em Itu estão convivendo com uma prática comum nos metrôs de São Paulo: ação de pedintes dentro dos coletivos. As abordagens são tranquilas, porém muitos passageiros ficam preocupados. Caberia alguma ação do Poder Público?