Em Itu, bebê de 7 meses precisa de auxílio para cirurgia de correção de má formação

Lahene e a pequena Jasmin: luta pela vida/ Foto – Arquivo Pessoal

Jasmin Luísa é uma menina de sete meses de vida e muito alegre, mas que precisa realizar a correção de uma encefalocele (má formação que acontece no momento do desenvolvimento do tubo neural – estrutura embrionária que forma o sistema nervoso do bebê). O caso da menina ganhou repercussão quando sua mãe, Lahene dos Santos Assis, atendente de 22 anos, iniciou uma campanha na internet para arrecadar dinheiro para a cirurgia – orçada em torno de R$ 100 mil.

Uma “vaquinha” online foi criada e, até o fechamento desta matéria, já havia sido arrecadado R$ 16.630 através de mais de 160 contribuições. Nascida prematura, a bebê Jasmin, de acordo com a mãe, “tem o desenvolvimento mais lento, ainda não faz coisas que um bebê da idade dela faria, e não sabemos se ela enxerga”.

Lahene também conta que a encefalocele atrapalha pois fica em cima do nariz de Jasmin, alegando que a respiração dela é bem ofegante e que ela já teve paradas respiratórias. Ela explica que o setor de UTI Pediátrica da Unicamp, em Campinas, encontra-se sem recursos e o Hospital Sobrapar, o qual é filantrópico e funciona na universidade, não conta com cardiologista – Jasmin necessita de tal profissional. “A paciente Jasmin Luísa apresenta alto risco cardiológico e não poderá fazer a cirurgia no Sobrapar, já que o Hospital não dispõe de cardiologista”, informa o Hospital em nota.

A bebê Jasmin atualmente faz o tratamento pelo Sobrapar e pela rede pública. “Pretendemos fazer a cirurgia em hospital particular, com os mesmos médicos dela”, relatou a mãe de Jasmin, que mantém uma conta no Instagram (@_babyjasmin) solicitando apoio. Os médicos Enrico Ghizoni, chefe de neurocirurgia da Unicamp, e Cassio Eduardo Raposo do Amaral, cirurgião plástico e vice-presidente do Hospital Sobrapar, atendem a bebê Jasmin e sua mãe Lahene.

“Eles também trabalham no hospital particular Vera Cruz em Campinas e se ofereceram para operá-la lá, aí que entramos na questão do valor altíssimo do custo de uma internação”, relata Lahene. “Sem convênio o valor fica inviável, e fazendo o convênio de imediato, teremos o período de carência, e não dá pra esperar”, ressalta a jovem mãe, que contou ao Periscópio que a cirurgia precisa ser feita urgentemente. “Conforme o tempo vai passando, os olhos estão ficando muito afastados, ela está ‘perdendo’ cérebro. Tem mais riscos”, informa. “Ela precisa de cirurgia para corrigir o tamanho da cabeça, juntar os olhos e fazer o contorno do nariz”, explica sobre a cirurgia necessária. Lahene espera, daqui pra frente, que Jasmin faça todas as cirurgias, e fará o possível para que ela tenha uma vida saudável.

O Hospital Sobrapar Crânio e Face informou ainda em sua nota que “realiza o tratamento cirúrgico e a reabilitação de pacientes com deformidades craniofaciais congênitas ou adquiridas, resultantes de traumas, tumores ou outras condições. A instituição tem sede própria e possui uma estrutura totalmente equipada para a realização de procedimentos cirúrgicos de médio e grande porte”. O Hospital está localizado na Avenida Adolpho Lutz, 100, Cidade Universitária, Campinas, onde divide arruamento com a Universidade Estadual de Campinas, porém não pertence à Unicamp.

Como ajudar
Para quem quiser – e puder – ajudar, basta acessar o site vakinha.com.br/vaquinha/ajude-a-jasmin, que possui a meta de arrecadar R$ 30 mil. “Quando eu tiver o valor, vou atrás do hospital, e dependendo da informação que eu tiver, sim [sobre aumentar o valor da vaquinha para o total necessário para a internação]. O que queremos mesmo é um hospital capacitado para atender às necessidades dela, com neurologista, cardiologia e plástica, o que é garantido pelo Estatuto da Criança e não estamos conseguindo”, relata Lahene. Segundo ela, o valor estimado de R$ 100 mil é referente à internação, funcionários, medicamentos, entre outros serviços necessários. “Os médicos atenderão voluntariamente”, finaliza.

O que é encefalocele?

A encefalocele é um defeito no fechamento do tubo neural, causado pela presença de uma falha óssea e a saída de tecido cerebral por esse local. O processo forma uma espécie de bolsa do lado de fora da cabeça da criança e o tamanho e a gravidade variam de caso para caso. Estima-se que esta desordem afete um em cada 5 mil indivíduos nascidos vivos em todo o mundo.

Um comentário em “Em Itu, bebê de 7 meses precisa de auxílio para cirurgia de correção de má formação

  • 03/04/2019 em 13:49
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    A minha filha também teve encefalocele, mas fez a correção do problema ainda no útero. É lamentável a diferença de diagnóstico e tratamento que se encontra no SUS e na rede particular.

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