Emoji: O Filme

Por André Roedel

Existem muitas ideias inusitadas que rendem bons filmes – o que não é o caso de Emoji: O Filme, animação da Sony em cartaz nos cinemas. Com uma premissa bem “fora da casinha”, a obra repete fórmulas, tem uma história boa e não avança em nada na questão visual (um ponto sempre a ser considerado neste tipo de produção). Diverte em poucos momentos e não chega a ser mal executado de todo – e por isso acaba não sendo uma bomba.

O filme traz para as telonas os famigerados símbolos usados para conversas online em aplicativos como o WhatsApp. Criado no Japão no final da década de 1990, esse conjunto de carinhas expressivas acabou virando animação graças à ideia de jerico de algum executivo. Na produção, vemos Gene, um emoji que nasceu sem filtro e que se multiplica pelas mais variadas expressões.

Obstinado a se tornar um emoji “normal”, ele parte para uma aventura ao lado do emoji Hi-Five e de uma misteriosa hacker dentro de um celular. Esse conceito de transformar o aparelho em uma espécie de mundo, com os aplicativos sendo regiões diferentes, é até interessante. A dinâmica dentro de alguns deles (como o Candy Crush e o Just Dance), também é legal. Mas toda a motivação dos personagens e a história em si é bem desnecessária.

Emoji: O Filme tem uma animação bem-feita, mas sem brilho. Tudo parece emular o trabalho de outros estúdios, como a Pixar, não dando um tom diferente à obra. Em muitos momentos parecia que estava vendo uma versão piorada de Divertida Mente. Ao menos a trilha sonora, com hits novos e antigos, distrai um pouco o espectador.

O que me desagradou no filme também foram alguns diálogos forçados (logo na narração inicial, Gene afirma que os emojis foram “a maior invenção da história da comunicação”) e algumas piadas fora de tom (principalmente as que brincavam com o emoji do cocô). Pelo menos ele é curtinho (tem menos de uma hora e meia de duração).

O filme também traz leves críticas ao atual estado da sociedade, que cada vez mais se preocupa somente com a imagem e o status nas redes sociais. Porém, acaba se contradizendo ao ser tão bobo e superficial – como muitos usuários de sites como o Facebook e o Instagram. Por isso tudo, Emoji: O Filme acaba sendo dispensável.

PS: Antes do filme começar é exibido um curta-metragem animado com personagens de outra produção da Sony, “Hotel Transilvânia”. Tão bobo e desnecessário quanto a obra principal.

 

Nota:

 

 

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Um comentário em “Emoji: O Filme

  • 16/03/2018 em 14:46
    Permalink

    É um dos melhores do seu gênero. Emoji é um filme muito divertido e obviamente como a maioria dos filmes animados tem uma mensagem muito linda, não se sei se você teve chance de ver, senão aqui: https://br.hbomax.tv/movie/TTL608757/Emoji–O-Filme encontrei as suas próximas transmissões. Juro que vale muito a pena ver, por que apesar de que é uma historia feita completamente para crianças, sente que esta muito bem adequada para que qualquer membro da família possa ver e ficar encantado com a história. É um filme que sem importar o estado de animo em que você se encontre, irá lhe ajudar a relaxar um pouco.

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