Espaço Acadil: Educação da vontade

Por Maria Angela Pimentel Mangeon Elias
Cadeira nº 17 | Patrono Olívia Sebastiana da Silva

Essas duas palavras parecem não combinar juntas. Entretanto, bem antigamente, eram corriqueiras na educação das crianças. Sim, pois todos sabem que educar significa colocar alguns limites, não é? E vontade aparece imperial, soberana, comandando tudo.

Quando eram um tanto crescidos, podendo entender alguns abstratos, as crianças recebiam dos pais até vários conceitos. Um deles era a educação da vontade. Assim, por exemplo, estando pronta a comer uma guloseima apreciada,poderiam ouvir: “vamos contar até dez antes de comer? Ficará mais gostosa…”. Essa era uma espécie de jogo e não uma imposição. Em geral funcionava, pois o máximo que poderia acontecer era a criança sorrir, balançar negativamente a cabecinha e engolir depressa a tal guloseima.  E os pais teriam certamente outras possibilidades para conseguir seu objetivo, sem mágoas…

Este é um pequeno exemplo da importância de conduzir e mesmo induzir o difícil controle da vontade.  Esta quando no comando, promove muitos desacertos com viés complicado, pois temos vontade que simplesmente podemos realizar e outras que não podemos. Um talvez perigoso pensamento possa emergir: vai prejudicar alguém, quais serão os resultados?

Entretanto, parece que tais cogitações estão fora de moda há bastante tempo…

E neste tempo difícil do ano 2021 que estamos vivendo, valeria a pena pensar em como anda atendida a nossa vontade…que ao ser somente “nossa” poderá atingir ou usurpar outras vontades!

Vamos pensar nisso?

Boa e produtiva semana!