EXECUTIVOS E CRACHÁS

Sabemos que executivos são aqueles altos funcionários que atuam na área financeira, comercial, administrativa ou técnica de uma empresa e crachás são insígnias ou cartões plásticos, usados no peito objetivando identificar os funcionários de uma empresa e utilizados em congressos, feiras, reuniões, etc…

Hoje o seu uso está disseminado nos consultórios, hospitais, clínicas, comércio e até em supermercados. Através deles identificamos quem nos atende.

Dia desses, enquanto meu Vitara fazia revisão na Salocar de Alphaville, fui almoçar no “Mania de Churrasco”, do Shopping Tamboré. Ambiente limpo e bem decorado, ar condicionado, bufê impecável com um adorável feijão vermelho (cavalo), bife ancho maravilhoso e picanha bem temperada que derretia na boca. O restaurante é amplo, possui um painel televisivo enorme, serviço perfeito e garçons educados.

Por volta do meio-dia começaram a chegar os funcionários das empresas próximas e executivos engravatados portando os respectivos crachás das organizações às quais pertenciam. Confesso, senti saudades dos tempos em que usava gravata e o crachá do Banespa. Lembrei-me imediatamente quando fui gerente operacional da Agência Tutóia, na rua do mesmo nome.

Naquela época era comum encontrarmos os executivos e funcionários da IBM no horário do almoço e todos eles portavam seus crachás, orgulhosamente.

Seguindo o exemplo comecei a usar também o meu crachá e ao sair da agência os colegas me alertavam:

  • Você esqueceu de tirar o crachá!
  • Não esqueci, tenho orgulho de pertencer ao Banespa e vou ostentá-lo como fazem os funcionários da IBM e de outras instituições.

Não sei porque os funcionários tinham vergonha de portar os crachás do Banco.

Curiosamente, depois de algum tempo, todos os colegas que almoçavam comigo passaram a portar seus crachás.

Eu tinha e tenho até hoje orgulho de ter pertencido a uma organização tão honesta, valorosa, cujos princípios sempre foram norteados para ajudar o funcionalismo estadual, o comércio, a indústria e a agropecuária deste país.

Sou banespiano nato e lembro-me dos idos de 1967, quando ingressei no banco. Após o expediente eu perambulava pelo centro de São Paulo e de diversos ângulos eu podia vislumbrar o imponente e magnífico edifício Altino Arantes, a sede do Banespa e isso me enchia de orgulho. Senti grande emoção quando recebi a minha identidade funcional, na qual estava estampado o prédio do banco. Bons tempos aqueles.

O Banco do Estado de São Paulo, o Banespa, jamais deveria ser privatizado para o bem de São Paulo e do Brasil.

Guilherme Del Campo

Cadeira nº 11 | Patrono Mario de Andrade