Exportações de Itu subiram para $ 229 milhões de dólares no ano

Número é referente ao ano de 2017. As importações também deram um salto maior, mostrando ânimo na economia para 2018.  

André Roedel 

As empresas de Itu exportaram mais em 2017 com relação a 2016. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), foram US$ 229.567.318 enviados para o exterior ao longo do ano passado, enquanto em 2016 foram US$ 215.547.607 – um aumento de 6,5%. Os valores são livres de impostos e taxas.

O resultado das exportações foi o segundo melhor já registrado pela cidade na série histórica do MDIC, que computa a balança comercial desde 2000. O melhor até o momento é o valor alcançado em 2007, quando a indústria ituana exportou US$ 272.246.883.

O mês de 2017 que apresentou melhor resultado nas exportações foi novembro, com US$ 23.077.640 lançados ao exterior. Em seguida vêm os meses de maio e agosto, com US$ 21.377.627 e US$ 20.837.019 respectivamente.

Itu exportou mais para a Argentina em 2017. O país sul-americano recebeu US$ 94.825.260 de produtos ituanos (41,31% do total). Na sequência vem a Colômbia, com US$  21.607.493 (9,41%), e depois Chile, com US$  18.503.033 (8,06%). Entre os itens mais exportados estão peças e acessórios automotivos, que lideram com 32,21% (US$ 73.939.150), e tubos e seus acessórios, com 22,81% (US$  52.358.473). Na terceira posição está pimenta de diversos tipos, com 8,72% (US$  20.009.536).

Porém, o número de importações também cresceu em 2017. Foi de US$ 206.566.593 para US$ 263.775.294 – variação de 27,7%. Com isso, a cidade teve uma balança comercial negativa em US$ 34.207.976. Os países que mais enviaram produtos para Itu foram Japão, EUA e China, com US$ 55.060.465 (20,87%), US$ 37.705.993 (14,29%) e US$ 34.297.062 (13%).

Para o economista e secretário de Planejamento de Itu Plínio Bernardi Júnior, dois fatores afetam as exportações: o câmbio e a demanda internacional. “Em 2017 houve uma conjunção desses dois fatores. Tivemos uma desvalorização do Real, deixando nossos produtos mais baratos lá fora, somada à recuperação econômica que tem ocorrido nos principais países do mundo, como nos Estados Unidos. Isso fez com que todo o Brasil, não apenas o município de Itu, tivesse resultados recordes nas exportações”, declarou.

Ao JP, ele também declarou que não há uma distinção entre ações da Prefeitura para empresas exportadoras e para empresas que não são exportadoras. “A melhoria do ambiente de negócios, desregulamentação, desburocratização dos processos produtivos e de abertura de empresas, junto com uma melhoria do ambiente político da cidade, tende a propiciar uma recuperação na economia local”, aponta ainda.

 

Exportações na região

Na região de cobertura do “Periscópio”, a cidade que mais exportou em 2017 foi Indaiatuba, que enviou ao exterior mais de US$ 673 milhões em produtos (aumento de 14,34% com relação a 2016). Porém, as importações ultrapassaram o US$ 1 bilhão, resultando numa balança comercial negativa de US$ 327 milhões. Após Indaiá, a cidade que mais exportou foi Itu.

Em seguida vem Salto, que exportou US$ 128 milhões – registrando queda de 5,16% em relação ao resultado de 2016. Porém, as importações somaram US$ 112 milhões, gerando uma balança comercial positiva de US$ 15,6 milhões, a única das cinco cidades.

Cabreúva atingiu US$ 106,7 milhões em exportações, chegando a um aumento de 181,63%. Entretanto, em importações foram US$ 220 milhões. A balança comercial, então, foi negativa em US$ 113,5 milhões. Por último aparece Porto Feliz, com US$ 47,6 milhões em exportações (alta de 1,15% com relação a 2016). A cidade importou US$ 114 milhões, com uma balança comercial negativa de US$ 66,8 milhões.