Finalmente: ações da Cetesb contra a poluição do Rio Tietê vão incluir Itu e também Salto

Nova de estação de monitoramento de água será instalada na antiga “represa da São Pedro”, na Rodovia dos Romeiros.

Foto da Usina de São Pedro, localizada em Itu, no mês de junho, durante cheia do Rio Tietê/ Foto – Arquivo JP

Na tarde da última segunda-feira (06), o prefeito saltense Geraldo Garcia (PP) participou de uma reunião de um comitê formado pela Cetesb, EMAE e DAEE para discutir a carga de poluição que o Rio Tietê recebe em Salto. Na oportunidade, a Cesteb informou que a aquisição de uma estação de monitoramento da qualidade da água do rio está em fase de licitação, para ser instalada na usina de São Pedro, em Itu.

O JP entrou em contato com a Cetesb para saber mais a respeito. A companhia explicou que “não há ainda previsão da instalação da estação de monitoramento automático na usina de São Pedro, até porque o processo de licitação ainda está em sua fase inicial”.

Segundo a Cetesb, a estação automática monitora continuamente a qualidade de um corpo d’água, através dos parâmetros Condutividade Elétrica, Oxigênio Dissolvido, pH, Temperatura de Água e Turbidez, além da precipitação de chuva e nível d’água. Os dados são registrados online em campo e transmitidos à sede da Cetesb, por celular ou satélite.

O acompanhamento em tempo real das condições dos rios permite detectar eventuais alterações relevantes de suas águas. “Foi o caso de uma ocorrência no Rio Cotia, em Carapicuíba (SP), onde os dados coletados indicavam picos de condutividade, revelando a presença de sais dissolvidos na água em concentração acima do normal. Por meio de pesquisas realizadas em conjunto com técnicos da área de controle e fiscalização da Companhia, foi possível identificar a fonte desses lançamentos”, aponta a Cetesb.

 

Reunião

Durante a reunião em Salto, Geraldo Garcia mostrou aos técnicos presentes imagens aéreas do rio Tietê em Salto, bem como matérias jornalísticas que mostram as ocorrências do acúmulo de lixo na cidade ocorridas nos meses de maio e junho.

Na sequência, os técnicos da Cetesb apresentaram um estudo realizado pela Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica, que faz uma avaliação de alternativas para estabelecimento de regras operativas de controle de cheias no reservatório de Pirapora.

As principais funções do estudo são de explicar, com bases sólidas (aceitáveis à luz dos conhecimentos vigentes), quais foram as razões da mortandade de peixes, fornecer subsídios para a operação do reservatório durante a ocorrência de cheias e fazer recomendações para atuação futura das instituições envolvidas na questão, com vistas a garantir soluções sustentáveis.

A Cetesb também disse que fará um estudo para definir o tipo de drenagem que deve ser feito do material de fundo do rio, em Pirapora. Uma nova reunião ficou agendada para o mês de dezembro, quando, dentre outras coisas, será apresentado o levantamento realizado pela EMAE do que está sendo feito nos canais com relação aos resíduos de superfície, para que os municípios emissores desses poluentes possam ser responsabilizados por sua retirada.

Para o prefeito de Salto, a preocupação desse comitê com as condições do Tietê vem de encontro com a necessidade de ações para evitar a poluição do rio, que acumula na cidade. “O bom dessa reunião é que a partir de agora, está se colocando a questão ambiental nessas discussões da Cetesb, DAEE e EMAE. Vale salientar também o trabalho que estamos realizando em conjunto com a Câmara de Vereadores nesse sentido”, disse Geraldo Garcia.