Futuro comandante do Regimento Deodoro fala ao Periscópio

Futuro comandante (à direita) ao lado do atual, Tenente-Coronel Clayton Ricardo Pontes (Foto: Daniel Nápoli)

Na próxima segunda-feira (10), será realizada a solenidade de troca de comando no 2º GAC L – Regimento Deodoro (Quartel de Itu). Na ocasião, o Tenente-Coronel Clayton Ricardo Pontes entregará o comando da unidade militar para o Tenente-Coronel Henrique César Loyola Santos.

Nascido em 28 de janeiro de 1976, na cidade do Rio de Janeiro, o Tenente-Coronel Henrique César viverá sua segunda passagem na cidade de Itu (já esteve na unidade entre 1999 e 2002, quando foi Aspirante). Filho de Caio Cesar de Assis Santos [militar da reserva] e Edna Loyola Santos, é formado pela Academia das Agulhas Negras, de onde saiu para passagem por Itu entre o final da década de 1990 e início dos anos 2000.

Seguindo com sua trajetória, saiu de Itu para o curso de Educação Física, no Rio de Janeiro, realizando posteriormente o curso de aperfeiçoamento de oficiais, passando pela cidade de Lara, no Paraná, rumando em seguida para o Comando de Aviação do Exército, em Taubaté, ali permanecendo de 2010 a 2015.

Entre 2015 e 2016, esteve na Escola de Comando do Estado Maior, indo para o Comando de Artilharia Divisionária da 1ª Divisão do Exército, servindo ali com o Tenente-Coronel Pontes. Em 2018, designado para a Academia Militar das Agulhas Negras e de lá em 2020 e 2021, foi o Adido de Defesa Naval e do Exército na Embaixada do Brasil na República do Suriname. 

Ao Periscópio, o futuro comandante do Regimento Deodoro comenta sobre a experiência no Suriname. “É uma experiência muito rica, não só na parte de você estar fora do país, você tem contato com um outro tipo de cultura apesar de ser América do Sul e estar grudada ali com o Estado do Pará, mas você trabalha junto com o pessoal do Ministério das Relações Exteriores, diplomatas, embaixadores. A minha função lá era diplomática. Eu tinha contato direto com o ministro da Defesa, o comandante da Força da República do Suriname”.

Casado com a psicóloga Juliana de Souza Silva Santos e pai de Luiza, o Tenente-Coronel Henrique César fala à reportagem sobre o retorno ao município ituano e a importância de sua nova missão. “O Quartel é uma extensão da cidade, a gente é parte da sociedade, ainda mais em Itu que a gente tem esse carinho especial pelo Quartel de Itu”, disse ele.

“Pelo pessoal que sempre serviu até isso é um ponto muito positivo. A maior parte desse pessoal que serve fica grande parte da carreira aqui ou volta que é o meu caso. Para mim é um presente ter recebido essa designação, porque o processo é competitivo, muita gente de alto nível coloca em primeira opção servir aqui, justamente por ter passado por aqui ou conhecer a cidade de alguma maneira e se apaixonar. É um Quartel que tem uma tradição muito boa de quadro de oficiais, então sempre é visto como uma unidade de excelência”.

Sobre a expectativa, o militar destaca. “Eu espero continuar a tradição, o legado que vem de outros comandantes, acredito mesmo que a gente é parte da sociedade. Essa questão de sociedade civil, sociedade militar… não, somos cidadãos brasileiros, cada um tem a sua tarefa de servir o país. O jornalista, ele está fazendo a sua parte, está servindo o país, o comerciante também está servindo o país e eu estou servindo o país como militar, o que importa é o bem comum da coletividade, essas questões que são caras, os valores que são caros para gente poder desenvolver o país, fazer um país próspero”.

O Tenente-Coronel Henrique César comentou como vem sendo realizada a transição de comando e a recepção por parte do Tenente-Coronel Pontes, seu amigo de longa data. “Não poderia ser melhor: ser recepcionado por um amigo desde a Academia Militar. Às vezes, aos finais de semana, saíamos juntos a lazer e como a gente sempre manteve contato e depois a gente foi realmente servir junto na Escola de Comando do Estado Maior do Exército em Niterói, essa amizade sempre existiu desde Academia”.

“E isso é muito bom porque a gente se sente melhor acolhido, apesar de eu estar voltando a uma cidade que eu já conhecia, que eu já servi o Quartel, mas é um momento diferente. Quando eu vim para cá eu estava solteiro [posteriormente se casou quando ainda servia em Itu], moramos um, dois anos aqui e só que agora estou com filha, é um diferencial muito grande estar sendo recepcionado pelo amigo”, acrescenta.

Ao finalizar, o militar aproveita para deixar uma mensagem à população ituana. “Gostaria de me oferecer, oferecer os meus serviços para a sociedade em si, porque a gente serve o país. O Quartel está em Itu e de certa maneira serve à sociedade, temos a nossa missão específica como unidade do Exército, mas a gente está inserido dentro do escopo da sociedade e a minha intenção é seguir o legado dos comandantes que por aqui passaram, esse excelente relacionamento com a sociedade, de sempre manter essa integração que é muito importante”, conclui.