Hospital de Itu terá oito leitos de UTI

Inaugurado em fevereiro de 2019, Hospital Municipal de Itu já fez 907 cirurgias de baixa e média complexidades. Foto: Arquivo/Prefeitura de Itu

Em transmissão ao vivo realizada na noite de segunda-feira (27), em suas redes sociais, o prefeito Guilherme Gazzola falou sobre o tema “saúde” e anunciou novidades para o setor. A principal foi a instalação de oito leitos de UTI (unidades de terapia intensiva) no Hospital Municipal “Dr. Emilio Chierighini”.

“A partir das próximas semanas começam a ser construídos oito novos leitos de UTI no nosso Hospital Municipal. Nós já tínhamos as unidades pré-intensivas”, informou. Segundo ele, essas UTI permitirão que o serviço faça cirurgias de maior porte. Gazzola ainda anunciou a instalação de um novo arco cirúrgico, que vai aumentar em 20% a capacidade das cirurgias.

Segundo apurado pelo JP, o arco cirúrgico será adquirido por meio de recurso de emenda parlamentar da deputada estadual Maria Lúcia Amary (PSDB). O valor da referida emenda é de R$ 500 mil e o do aparelho é de R$ 305 mil. A quantia restante, somada a uma contrapartida da Prefeitura, será utilizada para aquisição de um raio-x digital destinado ao Pronto Atendimento Municipal (PAM) localizado na Vila Martins, investimento que integra a reestruturação do serviço municipal de saúde.

Em relação aos oito leitos UTI, os mesmos serão instalados e mantidos com recursos próprios do município, por meio de contrato existente com a Sociedade Beneficente Caminho de Damasco.

Outro anúncio foi o novo serviço de médico da família, que será chamado “Atende Mais” e deve começar no próximo mês. “São 16 médicos que vão ser contratados em período integral”, informou Gazzola. Também foram anunciadas as reformas das UBS do Jardim das Rosas e Padre Bento ainda este ano.

Para 2021, a proposta é ter um prédio próprio para a UBS do Bairro Brasil e colocação do serviço de ortopedia 21 horas na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Parque Nossa Senhora Aparecida. Em 2022, há a previsão de uma policlínica no Pirapitingui e a UBS (unidade básica de saúde) do Servidor, com horários flexíveis para os funcionários públicos.

Para 2023, há a previsão de 100% da informatização dos prontuários e a aquisição de mais duas ambulâncias (hoje são seis). Fechando o ciclo, em 2024, a intenção e inaugurar um novo prédio para o PAM da Vila Martins, além de uma nova ala do Hospital.

Retrospecto

Gazzola começou a live falando da situação que encontrou a área da saúde em 2017. Logo após, o prefeito mostrou como é a situação agora. “A obrigação legal do município terminaria nas UBS. As outras, principalmente os ambulatórios, são responsabilidade do Estado. Mas o Estado cumpre as suas obrigações totais? Não. Adianta a gente ficar reclamando? Não, vamos fazer a nossa parte”, disse, informando que a Prefeitura gasta R$ 32 milhões anualmente com esses serviços a mais.

Gazzola também demonstrou descontentamento com o Hospital São Camilo atualmente e falou sobre a promessa de reabrir o pronto-atendimento na Santa Casa. Ele disse que na campanha achava que era o melhor caminho a reabertura do serviço no local, mas que ouviu de técnicos que naquele espaço não havia condições.

Protocolo

Gazzola também falou sobre as reclamações sobre a demora de atendimento na UPA. Segundo ele, a unidade utiliza o chamado Protocolo de Manchester, que classifica o paciente com pulseiras coloridas, sendo “vermelha” para os casos de emergência e “azul” para os casos não-urgentes. Cada cor vai indicar um tempo de espera, que varia de 240 minutos a imediatamente.      

Porém, segundo o prefeito, quase 50% dos pacientes que procuram a UPA estão classificados como pouco urgente e não-urgente e não deveriam estar naquele serviço de saúde. “Quando você vai em um serviço sem a real necessidade, você coloca em risco aqueles que precisam com mais urgência”.