GCM que evitou assalto à padaria fala ao “Periscópio”

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Fernando Campos

Um dos fatos mais relevantes da semana, noticiado pelo “Periscópio” e até por mídias nacionais, foi o caso do Guarda Civil Municipal que evitou um roubo a uma padaria, em um bairro ituano, na noite do último domingo (24). A ação terminou com a prisão do meliante.

O “Periscópio” conversou com Marcos Roberto “Emoções” Carlos, de 29 anos, Guarda Civil Municipal de Salto, que realizou a abordagem ao assaltante. Ele informou que estava de folga naquela noite e se encontrava no estabelecimento como cliente.

O GCM aguardava um lanche quando notou a entrada de um indivíduo suspeito, o qual não tirou o capacete e sacou uma arma para uma funcionária do caixa. “Reagi como toda forma de abordagem de alto risco, apertando a arma e pedindo para que o indivíduo abaixasse a dele”, relata o policial explicando que devido a sua profissão não pode se sentir acuado. “Tenho que me impor sobre o ameaçador”, explicou.

O GCM detalhou que o criminoso chegou até o caixa ameaçando a funcionária de morte e também a vários clientes que ali se encontravam, e por isso, sua reação tinha que ser rápida, “A maneira de reagir é instantânea, em fração de segundos eu estava próximo dele com a arma em punho, tinha que desarmá-lo”, ressaltou.

Como a ação do GCM foi rápida, surpreendendo o criminoso, o policial explica que no momento em que deu a ordem legal para que abaixasse a arma e a colocasse no chão, o mesmo ficou surpreso. “Ele travou com o fator surpresa, pois não tinha me visto, então se rendeu colocando a arma pra cima erguendo a outra mão”, disse. Segundo o guarda municipal, o assaltante, ao ser surpreendido, pediu para que o GCM se acalmasse. “Eu percebi que ele ficou com medo de quando se abaixasse, fosse atingido”, acrescentou.

Em seguida, Marcos explicou que como o indivíduo estava praticamente rendido, decidiu agir, “Nesse momento decidi desarmá-lo, pois ele estava sem reação, acuado e muito nervoso”, diz.

Questionado se o bandido parecia estar sob efeito de algum entorpecente, o GCM negou. “Aparentemente parecia estar todo o tempo bem lúcido, inclusive na delegacia”, explica.

Quanto a estar armado, o policial relata à reportagem que estava dentro das normas da lei. “Isso se deve mediante a autorização judicial de salvo conduto”, explica, argumentando também que “tal regulamento permite Guardas Municipais portarem arma de fogo fora de suas funções dentro do estado de São Paulo”, finaliza.