Projeto “Patrulha da Paz” é lançado na cidade de Itu

Ação tem o objetivo de combater a violência contra a mulher, unindo esforços da sociedade em prol da causa

 Patrulha da Paz

Na manhã da última segunda-feira (23), aconteceu nas dependências do Teatro Nósmesmos, no Unicenter, a solenidade de lançamento do Projeto “Patrulha da Paz”. Várias autoridades, civis e militares, estiveram presentes, assim como a Juíza da 1ª Vara Criminal de Itu, Andrea Ribeiro Borges.

O evento teve início com a exibição de um vídeo institucional da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que está comemorando 185 anos, acompanhado do Hino Nacional Brasileiro.

Com objetivo principal de combater a violência contra a mulher, sob a alegação de que se trata de um grave problema na sociedade, que deve ser enfrentado com a união de esforços, a Juíza da 1ª Vara Criminal de Itu, juntamente com o Comandante do 50° BPMI, firmou uma parceria para a implantação da “Patrulha da Paz” no município.

 

Proposta

A “Patrulha da Paz” será acionada quando o juízo encaminhar à Polícia Militar casos de violência doméstica, demandando medidas protetivas. Os PMs receberão uma planilha de Relatório de Visita e, durante o horário de patrulhamento e sem prejuízo das demais atividades, realizarão ao menos duas visitas semanais nos primeiros quinze dias à vítima, e uma ao agressor, nos primeiros sete.

Com isso, a Justiça e a Polícia Militar buscarão sensibilizar e orientar os envolvidos, para que tal fato não mais volte a ocorrer.

Segundo a juíza Andrea Ribeiro Borges, em termos de estrutura, Itu não possui uma Vara especializada como em Sorocaba, mas dentro do possível será dada toda a assistência necessária. “A de Itu é uma Vara Criminal, com anexo em Violência Doméstica. Mas estamos preparados para absorver tudo isso”, explicou.

A juíza salientou também a importância das parcerias. “Nós precisamos dos advogados, do Ministério Público, das polícias Civil e Militar, Prefeitura e todas as secretarias. Não é possível fazer uma ação isolada. Essa parceria é uma das que são necessárias e tenho certeza que será muito positiva”, explica.

Presente também à solenidade, uma vítima de violência doméstica dividiu um pouco do que viveu ao lado de uma pessoa a qual aparentemente parecia pacífica, mas ao longo dos meses foi se mostrando completamente diferente. “Ele era educado e gentil; depois fui descobrir que ele tinha traços de psicopatia. Psicologicamente ele me destruiu. Eu não sabia mais quem eu era”, relatou a mulher, que agradeceu após um escrivão ouvi-la em uma delegacia. “Foi a primeira vez em 11 meses que alguém acreditava em mim”, concluiu.

 

Foto: Fernando Campos