Indústria automobilística registra alta no primeiro trimestre do ano, aponta Anfavea

Venda e produção foram melhores que igual período do ano passado, confirmando o gradual retorno das atividades da indústria

A indústria automobilística brasileira continua registrando bons resultados este ano. O balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) no início do mês, em São Paulo, aponta alta no licenciamento, produção e exportação de novos veículos no primeiro trimestre.

Neste período, 545,5 mil veículos foram vendidos, o que representa um crescimento de 15,6% frente às 472 mil unidades licenciadas no ano passado. O comparativo mensal também mostra números superiores: somente em março, 207,4 mil unidades foram negociadas, aumento de 32,2% ante as 156,9 mil de fevereiro e de 9,6% sobre as 189,2 mil de março de 2017.

Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, o balanço confirma o gradual retorno das atividades da indústria automobilística. “Mesmo com dois dias úteis a menos, o desempenho do último mês ficou quase 10% acima de março do ano passado, o que configura mais um indicador que comprova a retomada do mercado interno. Com inflação baixa, desemprego em queda e juros básicos nos menores patamares da história, é questão de tempo o consumidor ter mais acesso ao crédito. Isto nos deixa bastante otimistas quanto ao futuro da economia e do setor”.

A produção no acumulado do ano ficou em 699,7 mil unidades – expansão de 14,6% em relação às 610,7 mil do ano passado. Só no terceiro mês, 267,5 mil unidades saíram das linhas de montagem, acréscimo de 25,3% se comparado com as 213,5 mil de fevereiro e de 13,5% na análise contra as 235,6 mil de março do ano passado.

As exportações no trimestre cresceram 3,3%: foram 180,2 mil unidades em 2018 e 174,5 mil no ano passado. Em março, 67,5 mil veículos deixaram as fronteiras brasileiras, alta de 1,8% se defrontado com as 66,3 mil do mês anterior. Quando comparado com igual período do ano passado, com 69,3 mil unidades, o resultado é menor em 2,6%.