Infecção urinária acomete dois terços das mulheres

Mal tem origem bacteriana e não é contagiosa. Diagnóstico da infecção é feito através de exame de cultura de urina e o tratamento inclui medicamentos

 

A infecção urinária é um mal que acomete principalmente as mulheres e geralmente acontece quando menos se espera, causando grande desconforto. É caracterizado pela presença de micro-organismos na urina, o que leva à inflamação das vias urinárias e, em casos mais graves, dos rins. A infecção pode ser causada por bactérias, vírus ou fungos que se multiplicam ao redor da uretra e conseguem atingir a bexiga.

Os especialistas no assunto explicam que a maioria dos casos é decorrente de uma contaminação ascendente, via uretral – sobretudo nas mulheres – por bactérias que normalmente colonizam a região do períneo e que fazem parte da flora intestinal habitual. Em alguns casos, as causas estão associadas à disseminação hematogênica, ou seja, pelo sangue, principalmente em recém-nascidos ou são associadas ao uso de sondas vesicais durante a internação hospitalar. Entretanto, as mulheres são as que mais sofrem com a infecção urinária.

Sabe-se que cerca de dois terços das mulheres experimentam, no mínimo, um episódio na vida, 23% dessas pacientes têm dois episódios e 5% têm recorrências. Cada episódio causa cerca de seis dias de sintomatologia e dois a três dias de comprometimento das suas atividades.

Isso acontece porque as mulheres possuem uma uretra mais curta e sua posição anatômica facilita a contaminação durante a relação sexual, por exemplo. Homens normalmente só apresentam ITU (infecção do trato urinário) se ela apresentar origem hematogênica, ou seja, estiver associada ao uso de sonda vesical ou se o indivíduo apresentar alterações anatômicas e/ou funcionais do trato urinário inferior. A infecção urinária bacteriana não é contagiosa e também não pode ser transmitida entre indivíduos. A contaminação depende basicamente do organismo de cada pessoa. Existem mulheres com predisposição genética à infecção urinária por possuírem receptores de membrana celular compatíveis com as cepas de adesão bacteriana. Indivíduos que possuem diabetes estão mais propensos a contrair a doença.

Os principais sintomas são ardor ao urinar, vontade de ir ao banheiro com frequência e sangramento urinário. O paciente ainda pode apresentar febre associada. Para diagnosticar a infecção urinária é necessária a realização de um exame de cultura de urina.