Ituanos falam sobre sua adaptação ao rodízio de abastecimento de água

Manoel dos Santos lava o carro em mina d’água para economizar (Foto: Tucano)

Desde que a CIS – Companhia Ituana de Saneamento anunciou o rodízio de abastecimento da água, iniciado no dia 6 deste mês, munícipes vêm se adaptando para que o impacto seja o menor possível.

Moradora do bairro Vila Martins, região do Pirapitingui, a autônoma Débora Librelon Gondim explica que sua rotina “está horrível”. “No dia da minha folga não tem água (quarta-feira). Quero lavar roupa, adiantar o meu serviço e eu tenho que carregar água da caixa pra máquina, limpar a casa, carregar água em balde. Ao invés de folgar, tenho que cuidar do meu serviço. Mas não temos o que fazer. Temos que esperar a chuva”.

 O açougueiro Reginaldo Farquetti, que também reside na região do Pirapitingui, mas no bairro Portal do Éden, foi mais um que teve de se adaptar. “A gente está fazendo da seguinte forma: eu guardo água em qualquer recipiente que eu tiver dentro de casa. Arrumei uns tambores e armazeno água ali. Dali eu tiro água para escovar os dentes, dar descarga, para poder tomar banho e se sobrar, lavamos roupas, senão só as peças íntimas, é isso que está acontecendo. Está bem complicado”, relata.

“Quando tem água a gente já enche o que pode encher e acaba a água e a gente vai usando o que foi coletado, mas a gente dá prioridade para a caixa d’água para tomarmos banho. A gente tem que escolher, levar roupas de serviços e roupas íntimas, não dá para levar tudo, tem que lavar racionado também e vamos levando”, acrescenta Reginaldo.

Há quem esteja improvisando, como é o caso de Manoel Gomes dos Santos, 69 anos. Ele utiliza uma mina d’água localizada na Rua Alfredo Barbi, no Jardim Padre Bento, para lavar o carro. “Estão pedindo pra não usar a água da rua. A gente tem que respeitar. Não pode desperdiçar água. O prefeito não pode fazer chover, fazer milagre”, afirma.