Livro de escritor ituano é um dos finalistas da 62ª edição do Prêmio Jabuti

Além de escritor, Paulo Stucchi é jornalista e psicanalista (Foto: Arquivo/Daniel Nápoli)

“A Filha do Reich”, mais recente livro do escritor ituano Paulo Stucchi, é um dos finalistas da 62ª edição do Jabuti, o mais prestigioso prêmio literário do Brasil. A publicação da Editora Jangada, do Grupo Editorial Pensamento, concorre na categoria Romance de Entretenimento, que foi incluída na premiação deste ano.

O anúncio foi feito pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) na última quinta-feira (22). Os vencedores de cada uma das 20 categorias e o ganhador do Livro do Ano serão anunciados em cerimônia de premiação online, que será transmitida ao vivo nas redes sociais da CBL no próximo dia 26 de novembro de 2020.

Nesta edição, o Prêmio Jabuti recebeu 2.599 inscrições, número 20% maior do que em 2019. Cada categoria do Jabuti conta com três jurados, profissionais especialistas nas respectivas áreas. Os 60 jurados têm formações diversas e todos conhecem profundamente o universo do livro. No dia 5 de novembro, uma nova lista, com cinco finalistas por categoria, será divulgada também no site: www.premiojabuti.com.br.

Em 2020, a premiação segue organizada em quatro eixos: Literatura, Ensaios, Livro e Inovação. O vencedor de cada categoria receberá o valor de R$ 5 mil e a estatueta do prêmio, exceto na categoria Livro Brasileiro Publicado no Exterior que receberá somente a estatueta. Haverá também um(a) grande vencedor(a) do Jabuti, que poderá ser tanto uma obra de Ficção quanto de Não Ficção. Concorrem ao prêmio de Livro do Ano, no valor de R$ 100 mil, os vencedores das categorias dos Eixos Ensaios e Literatura.

“O Jabuti é o sonho de todo escritor. Somente o fato de estar entre os finalistas já é algo que me enche de alegria. Não cheguei aqui sozinho. Minha família sempre foi exemplo no que tange ao estímulo à leitura, tive excelentes professores. Enfim, tive sorte”, declarou o escritor ao JP. O livro do ituano concorre com obras como “A deusa no labirinto”, de Karen Soarele (Jambô Editora), “Uma mulher no escuro”, de Raphael Montes (Companhia das Letras), e “Serpentário”, de Felipe Castilho (Intrínseca).

A obra de ficção com fundo histórico traz a história do publicitário Hugo Seemann, que viaja de São Paulo para uma cidade gaúcha ao receber a notícia da morte de seu pai Olaf, um ex-soldado alemão. O que era para ser uma mera formalidade de despedida torna-se uma jornada à longínqua Alemanha nazista e ao passado sombrio do pai.

O livro envolve amizade, traição, morte, amor, milagres e uma obscura organização surgida na época do Terceiro Reich que está por trás de um grande segredo: a verdadeira identidade de uma criança conhecida somente como “a filha do Reich”.

Além de escritor, Paulo Stucchi é jornalista e psicanalista. Escreve desde os nove anos, mas publicou seu primeiro romance em 2008, chamando “O Natal sem mamãe”, inspirado no falecimento de sua avó materna. Depois publicou outros romances: “A fonte” (2010), “O triste amor de Augusto Ramonet” (2012), “Menina” (2013, lançado também em espanhol no Paraguai), e “A última carta” (2015). 

É membro da Academia Ituana de Letras (ACADIL) desde 2011, onde ocupa a Cadeira nº 29, criada em 1994, cujo patrono é João Tibiriçá Piratininga, que foi ocupada primeiramente pelo jornalista Paulino Domingos Piotto (1924-2009).

Além de Stucchi, o escritor e jornalista Laurentino Gomes, morador de Itu, concorre ao Jabuti por “Escravidão: do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares: Volume 1” (Globo Livros), lançado em 2019. Ele venceu o prêmio em 2011, com o livro “1822”, nas categorias Reportagem – a mesma que concorre neste ano – e Melhor Livro de Não Ficção.