Memória: 11 anos sem Anselmo Duarte

Foto: Arquivo

Uma das personalidades saltenses mais ilustres, Anselmo Duarte Bento faleceu há exatos 11 anos. Ganhador da Palma de Ouro, ele é considerado um dos maiores nomes do cinema nacional.

Curiosamente, Anselmo iniciou sua carreira em um filme inacabado. Foi em 1942, quando estava no elenco de “It’s All Thue”, que o cineasta Orson Welles veio rodar no Brasil, mas acabou indo embora sem finalizar a produção.

 Oficialmente seu primeiro filme como ator foi “Querida Susana”, com Nicete Bruno e Tônia Carreiro. A fama veio em 1949, com “Carnaval no Fogo”, produzido pela Atlântida, em que se tornou um dos grandes galãs.

 Em 1951, já consagrado, o saltense foi contratado pela Vera Cruz, com o maior salário da empresa na época e atuou em grandes sucessos como “Tico-Tico no Fubá” e “Sinhá Moça”, entre outros.

Como diretor, seu auge foi em 1962, em “O Pagador de Promessas”, vencedor do prêmio Palma de Ouro e Prêmio Especial do Júri em Cannes. O filme também concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

 Apaixonado pelo cinema, Anselmo Duarte teve pouca participação em televisão. Atuou em participação especial na novela “Feijão Maravilha”, na Globo, em 1979.

 Após participar do filme “Independência ou Morte” (1972) passou a ter contato mais próximo com a maçonaria. Em junho de 2009, foi feito cavaleiro da Ordem do Ipiranga, a mais alta honraria do Governo do Estado de São Paulo.

Anselmo Duarte morreu em 7 de novembro de 2009, aos 89 anos, em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC), quando estava internado no Instituto do Coração do hospital das Clínicas, em São Paulo. Teve alguns casamentos, inclusive com a atriz Ilka Soares, e deixou quatro filhos.