Notícia na rede social sobre ameaça de febre amarela na cidade é falsa

Publicação no Facebook deixou moradores em alerta. Tudo não passou de boato/ Foto – Reprodução

Um boato no Facebook assustou moradores ituanos nesta semana. Publicada por um internauta no dia 23 de outubro, às 20h38, uma foto alertava para a morte de um macaco devido a febre amarela. A publicação apontava ainda que o animal teria sido encontrado na estrada rural do Pau D’Alho, próximo ao bairro Pinheirinho, em Itu.

“Já foi avisada a Zoonose (sic), Vigilância epidemiológica e Prefeitura e nada das vacinações!!!! Vão esperar a população ficar doente!??”, questionava a publicação, que foi apagada, mas chegou a ter centenas de compartilhamentos. A reportagem do “Periscópio” entrou em contato com o autor do post, porém não obteve retorno até o fechamento desta edição.

A Prefeitura de Itu também foi procurada pelo JP, que informou que o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) esteve no local indicado na postagem e não localizou o corpo do animal. A resposta do governo ainda aponta que, até o momento, a cidade não registra nenhum caso de febre amarela em macacos ou seres humanos. “Não há sequer suspeitas da doença na cidade”, declara ainda, informando que a Secretaria Municipal de Saúde está em alerta, realizando o monitoramento diário da situação.

 

Vacina

A Prefeitura ainda informou que a vacinação contra febre amarela já ocorre em Itu, às quartas-feiras a partir das 7h, em duas unidades básicas de saúde: UBS 02 – Jardim União e UBS 08 – Bairro Brasil. A vacinação é realizada dentro das normas técnicas. É recomendada a vacinação para pessoas de áreas de risco em 19 Estados.

De forma temporária, a recomendação foi estendida a cidades do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Bahia. Em Jundiaí e Itatiba as vacinas foram intensificadas após macacos morrerem da doença. Segundo o Ministério da Saúde, a população que não vive na área de recomendação ou não vai se dirigir a essas áreas não precisa buscar a vacinação neste momento.

 

Casos em SP

A febre amarela voltou a ser assunto depois que macacos foram encontrados mortos em parques da zona norte da capital São Paulo e diagnosticados com o tipo silvestre da doença. Os macacos mortos foram achados no Horto Florestal e no Parque Anhanguera. Encontrar um macaco morto pela doença funciona como sinalização de que existe risco de contágio na região. É importante frisar, porém, que o animal não transmite o vírus para os seres humanos.

A doença é transmitida pela picada de mosquitos portadores do vírus de febre amarela. Em regiões de campo e floresta, os transmissores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes, que costumam viver em copas de árvores. É a febre amarela silvestre. O vírus também pode ser transmitido pelo Aedes aegypti, na forma urbana da doença. Casos de transmissão urbana, no entanto, não são registrados no país desde 1942.