Novembro Azul: conscientização e prevenção contra o câncer de próstata

Assim como o mês de outubro é mundialmente dedicado a prevenção do câncer de mama, em novembro é a vez da conscientização contra o câncer de próstata, tipo mais comum entre os homens. No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo dados de 2017 do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Somente entre 2016 e 2017, 61,2 mil novos casos foram estimados pelo instituto.

A campanha “Novembro Azul” surgiu em 2003 na Austrália. No Brasil foi criado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, com o objetivo de quebrar o preconceito e resistência masculina de ir ao médico e fazer os exames preventivos. Durante o mês são realizadas diversas atividades para ressaltar a importância do diagnóstico precoce.

Quando fazer os exames preventivos

Mesmo na ausência de sintomas, a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, os homens devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico).

Outros exames também podem ser solicitados se houver suspeita de câncer de próstata, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal.

Sintomas

Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Na fase avançada, os sintomas são dor óssea, dores ao urinar, vontade de urinar com frequência, dificuldade em iniciar ou interromper a micção, fluxo fraco ou interrompido de urina, dificuldade para ter ereção e presença de sangue na urina ou no sêmen.

Tratamento

De acordo com o Inca, para doença localizada, a cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em algumas situações especiais) podem ser oferecidas. Para doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados.

Para doença metastática (quando o tumor original já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento de eleição é a terapia hormonal. A escolha do tratamento mais adequado é definida pelo médico, após discutir os riscos e benefícios de cada opção.