OMS coloca São Paulo em área de risco para febre amarela

A OMS (Organização Mundial da Saúde) passou a considerar ontem (16) todo o Estado de São Paulo como área de risco de febre amarela e recomendou que todos os estrangeiros que façam viagens à região estejam vacinados. Segundo a entidade, isso se deve ao nível elevado da atividade do vírus na região.

O número de mortes por febre amarela confirmadas no Estado de São Paulo desde janeiro de 2017 subiu para 21, conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde. Na região, Votorantim registrou a morte de seis macacos no Parque do Matão. Um dos primatas, segundo o Instituto Adolfo Lutz, morreu em decorrência do vírus.

Por conta dos casos, a procura pela vacina contra a febre amarela aumentou. Para que tenha vacina para todos, em Itu a Secretaria Municipal de Saúde recomenda devem se vacinar moradores de bairros localizados na região do Pirapitingui, Varejão e Taperinha (ou seja, todos próximos aos municípios com registro de casos de febre amarela em primatas), pessoas que se deslocarão para áreas de circulação de vírus e moradores da zona rural.

Ainda segundo a pasta, não há grupos prioritários para a vacinação e a demanda de vacinas varia de acordo com a demanda de cada UBS (unidade básica de saúde), sem precisar. Porém, o “Periscópio” recebeu relatos de que as vacinas estão se esgotando por volta das 9h, sendo que em alguns postos as filas começam antes da abertura às 7h.

As doses por dia em cada unidade de saúde são: UBS Jardim União (200 doses/dia), UBS Bairro Brasil (200 doses/dia), UBS Cidade Nova I (150 doses/dia), UBS Jardim Novo Mundo (100 doses/dia), UBS Portal do Éden (100 doses/dia) e UBS Potiguara (100 doses/dia). A vacinação ocorre de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h.

Na zona rural, equipes da Secretaria de Saúde deverão ir até os imóveis para promover a vacinação conhecida como “porteira a porteira”. Para se vacinar é preciso ter acima de 9 meses de idade. A equipe da Secretaria de Saúde solicita que o munícipe apresente a Carteira de Vacinação e um documento pessoal com foto no ato da imunização.

Vale destacar que a febre amarela não é transmitida de pessoa a pessoa e que os primatas podem se contaminar com o vírus, exercendo também o papel de hospedeiros – mas não de transmissor direto. Se picados, os animais transmitem o vírus para o mosquito, aumentando, assim, as chances de propagação da doença.