Organizadores fazem balanço da primeira edição da FLIC

Raquel Aranha, Paulo Stucchi e Fernanda Rabello estiveram, ao lado de outros parceiros, à frente da organização da FLIC (Foto: Juca Ferreira/Divulgação)

O Centro Histórico ituano sediou entre os dias 19 e 22 de maio a 1ª edição da FLIC (Feira Literária e Cultural de Itu), que contou com apresentações culturais, lançamentos de livros, palestras com escritores e muita arte em seus palcos variados. Passada a “ressaca” do evento, a reportagem entrou em contato com os organizadores para realizar um balanço.

“Sem dúvida para mim o principal da FLIC foi o público que esteve conosco nas oficinas, na tenda literária, na feira e na exposição. Notar a alegria de quem estava participando com sua arte também foi muito gratificante, pois essa sempre foi a proposta da FLIC, abrir espaço para que as pessoas simplesmente se achegassem e mostrassem o que fazem. A qualidade das mesas foi, ainda, outro ponto bastante interessante. Não tivemos nenhum momento em que a tenda ficou vazia. Só tenho a agradecer por tudo”, disse Paulo Stucchi, que idealizou o evento.

O jornalista e escritor também pontua o que pode ser melhorado para a próxima edição, que deve ocorrer ano que vem. “Acredito que fazer uma feira de livros maior, próxima da tenda de literatura, a abrir ainda mais espaço para manifestações artísticas que não sejam necessariamente literárias”, disse ele. Já Fernanda Rabello analisa o quanto a região é carente de evento cultural gratuito. “É algo que já tínhamos percebido pelo acolhimento e empolgação que a FLIC foi recebida”, conta ela.

Para a organizadora, o destaque foi a felicidade das pessoas que participaram. “A felicidade fez parte da FLIC. Um dos comerciantes elogiou o evento, contou que os visitantes acabaram usando o banheiro do comércio como apoio e que ele percebia que eram da FLIC porque era um público diferenciado, segundo ele, que fez questão de colaborar permitindo o uso porque era a forma dele colaborar com o evento. Parabenizou, confirmou que vendeu mais por conta do evento e disse que estava torcendo para que fosse um evento anual. Surgiram voluntários também. É muito gratificante ter a comunidade ao nosso lado”, relata.

Paulo Stucchi conta que o encerramento, quando todos da organização se abraçaram, é o momento que vai ficar para sempre em sua mente da 1ª FLIC. “Foram meses de muito trabalho, muitos contratempos. Ao final, ver que o evento finalmente nasceu, foi lindo”.

Já Fernanda destaca outro momento. “A cantoria da Folia de Reis Estrela do Oriente e da Capoeira no Museu da Energia, que eu nem pude ver pessoalmente porque não foi algo planejado, foi muito simbólica e especial. Também quando um coletor de material reciclável estacionou seu carrinho na praça e se sentou para assistir o Joshua (sobrevivente do holocausto) contar sua história, o coletor comentou gostar de ouvir pessoas sábias falando”, recorda a organizadora.

FLIC 2023

E a próxima FLIC já começa a tomar forma. “A Fernanda  e eu estamos vendo no que erramos, no que é possível melhorar e fazer a mais. Como disse, a proposta é fazer um evento duas vezes maior ano que vem e o foco é atrair a participação da comunidade em geral. Por exemplo, foi uma pena as escolas municipais e estaduais não participarem”, conta Stucchi.

Fernanda informa que a organização está avaliando a 1ª edição, somando os custos, alinhando o que quer manter e mudar para a próxima edição, o que precisa melhorar. “Estamos nessa fase de balanço final do evento. A previsão é que seja em maio por ser um mês que não chove, mas o frio esse ano atrapalhou um pouco, então vamos avaliar as possibilidades para errar cada vez menos e fazer cada vez melhor”, finaliza.