Para quem vai celebrar Natal em família, Fiocruz divulga cartilha com cuidados

Recentemente, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reuniu em uma cartilha dicas e orientações para diminuir os riscos de transmissão da Covid-19 durante o período de festas de final de ano (Natal e Réveillon). Como um novo aumento de casos no Brasil, festas chegaram a ser canceladas. 

Se mesmo assim, com o aumento de casos de contaminação e as recomendações de distanciamento social por parte das autoridades, as pessoas decidirem se reunir com familiares e amigos, a Fiocruz orienta quem deseja fazer reuniões que estipule um limite de convidados, garantindo o distanciamento de dois metros e que, preferencialmente, realize o evento em locais abertos e ventilados.

Porém, mesmo seguindo todas as orientações, a Fiocruz alerta: “Nenhuma medida é capaz de impedir totalmente a transmissão da Covid-19”. A forma mais segura de passar as festas de fim de ano, de acordo com a Fundação, é ficar em casa e celebrar apenas com as pessoas que moram ali.

As orientações para se prevenir da Covid-19 foram divulgadas tanto em uma cartilha, disponível online, quanto em cards informativos que podem ser compartilhados pelo WhatsApp e demais redes sociais. O material traz orientações sobre o modo de preparar e servir os alimentos, a organização do ambiente e medidas gerais de proteção tanto para quem vai receber outras pessoas em sua casa como para quem vai a algum evento.

“Após um ano tão difícil, mais do que nunca as pessoas querem encontrar e festejar com seus familiares e amigos. No entanto, entendemos que preservar a vida é o melhor presente para compartilhar neste final de ano”, destaca, em nota, o coordenador do Observatório Covid-19 da Fiocruz, Carlos Machado.

De acordo com a cartilha, quem for receber convidados ou celebrar as festas fora de casa deve usar máscara sempre que não estiver comendo ou bebendo, manter a distância dos demais convidados, evitar apertos de mão e abraços, lavar ou higienizar com álcool 70 as mãos com frequência e não compartilhar copos e talheres.

Para aqueles que estão organizando os eventos, caso ofereçam bebidas, devem disponibilizá-las em embalagens individuais, como latas ou garrafas, arrumadas em baldes com gelo, para que as pessoas possam se servir sozinhas. 

A Fiocruz ainda esclarece ainda que quem teve contato com a doença ou está com sintomas deve evitar encontros por oferecer risco aos demais. Estão na lista aqueles que estão com sintomas relacionados à Covid-19 ou que já têm o diagnóstico da doença; quem ainda está no período de 14 dias desde que teve os primeiros sintomas, mesmo que não tenha feito um teste de diagnóstico.

Aqueles que estão aguardando o resultado de um teste molecular para saber se estão com Covid-19 e quem manteve contato com alguém que teve a doença nos últimos 14 dias também deve evitar festas. Pessoas que integram o chamado grupo de risco para casos graves de Covid-19 ou moram com alguém que faz parte desse grupo também devem se proteger e evitar as festas. 

Aqueles que têm mais risco para casos graves, de acordo com a Fiocruz, são os portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica em estágio avançado, imunodepressão provocada pelo tratamento de doenças autoimunes, como lúpus ou câncer; pessoas acima de 60 anos de idade, fumantes, gestantes, mulheres em resguardo e crianças menores de 5 anos. (Com informações da Agência Brasil)

Mais cuidados

Ao Periscópio, a secretária municipal de Saúde de Itu, Janaina Guerino Camargo, reforça os cuidados. “Estamos em um ano atípico, com perdas, dores, cansaço físico e emocional dos profissionais da linha de frente. Evitar aglomerações vai além de uma medida de proteção, é uma medida de amor”, afirma.

“O recomendado é que as festas de final de ano sejam muito bem pensadas, com a participação do mínimo possível de pessoas, de forma especial somente as que convivemos com maior proximidade. Ainda assim, é importante o distanciamento social e o uso de máscaras”, acrescenta.

A comandante da pasta aponta ainda que Itu tem registrado aumento no número de casos em pessoas com menos de 60 anos. No período de 7 a 14 de dezembro, dos 374 casos confirmados de Covid-19 em Itu, 317 são de pessoas nessa faixa etária, o que representa 84,76%. Ela observa que ainda que, “independente da idade dos pacientes, é imprescindível que as medidas sanitárias sejam rigorosamente cumpridas”, conclui.