Periscópio 56 anos: do sonho à realidade

Neste 19 de junho, o Periscópio completa 56 anos de existência. Uma vida! Para registrar a feliz passagem, mantivemos contato com dois dos fundadores do jornal, naquele já longínquo ano de 1965, quando garotos estudantes do Colégio Regente Feijó resolveram se unir para criar um informativo, sem sequer imaginar no que o futuro reservava…

Para Joitiro Abe, 73 anos, hoje aposentado, mas ainda dando aulas de desenho técnico na UNIT – Universidade do Trabalhador,  “a ideia de fazer o jornal surgiu nos pátios da escola ‘Regente Feijó’, onde quatro estudantes: Aguinaldo Bastida, Alvimar Savi, Alberto Rezende, Joitiro Abe e o acadêmico de direito Antonio Carlos Dias resolveram pôr mãos à obra. Contávamos também com o valioso auxílio do então secretário da escola, Dr. Ulysses de Moraes, que nos orientava sobre como conduzir um jornal, que até então nascia clandestinamente, sem registro e sem nada. Apenas a vontade de fazer”.

Alvimar Savi, 72 anos, proprietário do tradicional Escritório Contábil SS e hoje aposentado como vice-diretor da Escola Dr. Cesário Motta, lembra que na época existia na cidade os jornais “A Federação” e “Tribuna de Itu”, e que o nome Periscópio foi uma sugestão de seu irmão Airton Savi, hoje já falecido.

“No começo era difícil arrumar patrocínio, porém seu Edmundo, dono da Gráfica Bandeirantes, confiou naqueles jovens, que traziam matéria que a população queria ler: política, policial, social, artigos de fundo e até as famosas fuxicadas onde a moçada adorava ver seus nomes expostos em fofoca”.

O primeiro anunciante, o primeiro a acreditar naquela rapaziada, diz Savi, “foi Carlos Simeira, proprietário da Carlos Magazine. Depois pegamos a Casa das Máquinas e assim foi…”. Abe lembra que os próprios funcionários da tipografia, “com destaque ao hoje professor Benedito Hernani, com sua caprichosa diagramação e também sugestões de pauta, nos ajudaram nas primeiras edições”.

Aos poucos os comerciantes foram acreditando e as pessoas vendo que a coisa era séria e o jornal foi se solidificando. “Tivemos na parte redatorial a colaboração de vários articulistas, entre os quais o José Carlos Arruda e o sargento Valdir Dionísio, que levaram avante o projeto do jornal, quando então, nós fundadores, fomos continuar os estudos em outras cidades”, afirma Abe.

Foi quando José Carlos Rodrigues de Arruda e Valdir Dionísio acabaram assumindo a direção do Periscópio, logo trazendo Luiz Antonio Mazzuco, o popular Pixe, para a parte comercial. Foi nessa época que o jornal decolou, consolidando-se como o grande veículo de comunicação impressa de Itu e um dos maiores da região.

No decorrer desses 56 anos, o Periscópio passou por momentos de glória e outros lutando bravamente contra algumas crises, num país cuja economia era inconstante. Mas o antigo jornal dos colegiais tornou-se o Grupo Periscópio, englobando duas rádios FM, a Cidade e a FM 90, além de por um bom tempo as “sucursais” JP Salto, JP Porto e JP Indaiá, mantendo também um excelente e atuante parque gráfico, que hoje atende com inegável competência a inúmeras cidades do interior paulista.

Sempre na vanguarda, o Periscópio, hoje, não é apenas o jornal impresso que se encontra nas bancas ou é entregue na casa dos assinantes. Hoje as notícias de Itu e região e destaques do Brasil e do mundo, podem ser conferidos também na internet, pelo site www.jornalperiscopio.com.br em qualquer lugar, a qualquer momento.

Praticamente impossível citar os nomes que passaram pelo Periscópio em sua trajetória. A maioria, funcionários dedicados, muitos que deixaram seus melhores esforços, vestiram a camisa, foram – e são – fiéis ao jornal. E outros, como em qualquer empresa, passaram de passagem, passaram por passar, mas mesmo assim, contribuíram de alguma forma pelo engrandecimento do jornal. É a todos, indistintamente, que o Periscópio brinda a passagem de seus 56 anos. Mas em especial, o brinde é para os leitores que nos prestigiam, sempre acreditando no nosso trabalho!