Prefeito analisa reeleição e define meta do seu novo governo: desenvolvimento

Guilherme Gazzola recebeu a reportagem do JP na tarde de segunda-feira, um dia após a reeleição (Foto: André Roedel)

O prefeito Guilherme Gazzola (PL) recebeu na tarde da última segunda-feira (16) o chefe de redação do JP, André Roedel, para conceder a primeira entrevista após o pleito que definiu a sua reeleição, ocorrida no último domingo (15). Ele obteve 32.115 votos (41,76% dos votos válidos) e tem o vereador Luciano do Secom (PL) como vice-prefeito (confira entrevista com o vice eleito na próxima edição).

Com a agenda repleta de atendimentos à imprensa, o chefe do Executivo municipal falou sobre a campanha, como será o contato com a Câmara e sobre a principal bandeira de seu novo governo. Gazzola também conversou com Luciano Veiga e Thiago Sório na Rádio Cidade FM no dia seguinte. A entrevista foi transmitida no Facebook e pode ser conferida através do link bit.ly/entrevista-gazzola.

JP: Prefeito, gostaria que você comentasse a emoção da reeleição. O senhor já disse que foi a campanha mais difícil sua, e também a mais prazerosa por conta da vitória.

Sim, acho que foi prazerosa por tudo que aconteceu internamente. Pelo grupo fantástico que a gente tinha, pelo engajamento de todos os envolvidos no projeto sem nenhum custo financeiro, pela espontaneidade dessas pessoas, pelo envolvimento. Isso foi uma emoção imensa que eu nunca tinha vivido em uma campanha e também me deu muito orgulho da equipe que nós temos. Não só da equipe como daqueles que estão trabalhando também. Foi o que nos fez suportar, por outro lado, os adversários mais sórdidos que eu já tive na vida. Das maneiras mais baixas, gastando dinheiro de forma excessiva, usando as piores linguagens possíveis. Financiando candidaturas marrons, que a gente chama, de negatividade. O que eu já vi de pior da política ituana foram os nossos adversários nessa situação. Mas eu acho que o bem venceu o mal.

JP: Nessa eleição a gente teve muitos problemas por conta da internet, com impulsionamentos nas redes sociais, direitos de resposta. Como o senhor analisa essa força da rede social na eleição, que pode desestabilizar o pleito?

É uma novidade. É a primeira vez que pode se patrocinar, então já tem essa dificuldade. O patrocínio criou uma situação de desequilíbrio, mas quem subestimou, também, não participou do processo eleitoral de forma correta. Em contrapartida, tem a subjetividade dele. Avaliar um direito de resposta na internet é uma questão muito subjetiva. Tem uma série de dificuldades. Mas eu acho que as posturas tomadas, pelo menos em Itu, foram extremamente coerentes. Eu não vi nenhum problema na cidade de Itu. Acho que tudo foi analisado de forma muito fria. As decisões foram todas muito sábias. Não vi nenhum risco ao pleito dessa maneira. Até mesmo a gente, quando permitiram um direito de resposta, acho que o juiz acertou.

JP: No próximo mandato, algumas mudanças devem acontecer. Quais o senhor tem em mente, até em secretariado?

Sinceramente eu não pensei nisso ainda. Demora um pouco para a gente desacelerar de 45 dias de muita correria. Não me arriscaria em fazer qualquer prognóstico nesse sentido. Sempre você tem que fazer algumas mudanças, mas também não vejo por que fazer grandes mudanças. Um governo que faz 41% dos votos, de alguma maneira, ou totalmente, foi aprovado. Então as pessoas também não querem grandes mudanças. Você vai melhorar muito que tem que ser feito, mas isso pode ser feito com a mesma dinâmica, com as pessoas que já estão no governo. Até porque esse grupo que se envolveu na campanha. Não vejo necessidade de grandes mudanças.

JP: A gente teve uma mudança aqui que é o vice-prefeito, que agora é o Luciano do Secom. Qual vai ser o papel dele dentro do mandato e a importância na campanha?

Não vejo muita mudança também. Ele não pode ocupar nenhuma secretaria até pelo cargo incompatível como presidente do Secom, mas vai ajudar a gente a governar. Isso faz parte. Ele gosta muito da cidade, está sempre em cima disso. É parceiro, grande parceiro.

JP: Tivemos mudanças na Câmara. O grupo do senhor fez seis vereadores, contra sete da oposição. Como será o trabalho com o Legislativo agora?

Vamos dialogar. É uma questão de chamar todos para conversar, no momento correto, da forma certa. Não vejo nenhum eleito como opositor radical. Acho que estar em grupos diferentes significa ser oposição. Acho que todos os vereadores eleitos, a exceção do José Galvão, são razoáveis, são muito bons. O único realmente que a gente não quer nenhum tipo de conversa é o José Galvão pela baixeza das expressões, da falta de postura enquanto homem público. Agora, todos os outros vereadores são extremamente competentes, representam o seu nicho. E não precisam estar no governo, mas pode apoiar bons projetos. Só não pode ser como ele, que é contra tudo por ser.

JP: Como o senhor analisa os prefeitos eleitos aqui na região, em cidades que têm muitas ligações como o CITREM e o Consórcio do Piraí?

Eu não vi nenhuma movimentação preocupante. Apesar do meu imenso carinho pelo Geraldo Garcia (PP, prefeito de Salto), o respeito absurdo que tenho por ele, gosto dele como pessoa, mas não vejo por que o Laerte (Sonsin, PL), que é do meu partido, inclusive, colocar alguma objeção nisso, sendo que é uma coisa boa para os dois lados. Indaiatuba repete o (Nilson) Gaspar e o Mangini (prefeito eleito de Cabreúva) não vejo nenhum problema, me dou muito bem com ele. Até melhor com ele do que me dava com o Henrique (Martin, atual prefeito).

JP: Chegando o final de ano, a gente está às vésperas da inauguração do Trem Republicano. Qual a expectativa?

Na verdade marcado, já. Dia 20 de dezembro tem a viagem inaugural, já estão vendendo até os tickets, massificando propaganda. Vamos continuar trabalhando normal. Tudo aquilo que acharam que a gente não ia fazer nós vamos continuar fazendo. Agora que acabou a eleição nós vamos distribuir os kits (alimentação para crianças da rede municipal). Nós vamos continuar fazendo o asfalto. Nós vamos continuar trabalhando, como a gente sempre fez. O Trem Republicano é parte disso, mas eu acho que vai ser uma revolução para a cidade de Itu no aspecto empregabilidade e turismo.

JP: Qual vai ser a próxima bandeira do governo?

Desenvolvimento. Em todas as suas vertentes: industrial, turístico, em áreas importantes como bioeconomia, questão de saneamento. Acho que a palavra do próximo governo é desenvolvimento.

4 comentários em “Prefeito analisa reeleição e define meta do seu novo governo: desenvolvimento

  • 23/11/2020 em 21:33
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    Prezado Gazzola.

    Você faz uso de palavras sofisticadas e cultas.
    Com orgulho exalta sua equipe, porém é sabido que ela é composta por cargos de confiança que ganham salários compatíveis com multinacionais.
    Do outro lado da ponta, encontram se os funcionários de carreiras, com seus salário miseráveis, que em seu primeiro mandato o apoiaram com as promessas de melhoria e estruturação de planos de carreira.
    E o resultado!? Um por cento de aumento anual! Do pior salário da região disparado, e não use a pandemia como desculpa. E os anos anteriores!?
    Diz que devolveu o orgulho de ser ituano, porém não arruma a situação nem na própria “casa” , que seria a prefeitura.
    Contraditório.

  • 23/11/2020 em 23:34
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    Como vocês idolatram este cara!
    Parece uma divindade.

    Porém Itu parou no tempo, todas as cidades da região já ultrapassaram Itu sem igual.

    Olhem os indicadores.

  • 24/11/2020 em 11:20
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    GUILHERME GAZOLA NÃO LIGUE PARA AS CRITICAS **** ISTO FAZ PARTE SEMPRE VAI TER UM DESPEITADO QUERENDO ATRAPALHAR *** VC É O MELHOR PREFEITO QUE PASSOU POR ITÚ *** BEM MERECIDA A SUA PERMANENCIA PARABÉNS *** ESTAMOS COM VC *** OBRIGADA ***

    • 24/11/2020 em 20:36
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      Qual seria a razão de defender este homem com tanto fervor a ponto de idolatrar um indivíduo que de tantas promessas, cumpriu apenas 4 por cento em 4 anos, perfazendo um por cento ao ano?

      E afirmar que foi o melhor prefeito da história de Itu?!

      Menos, por favor!

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