Prefeitura de Porto Feliz sai e Consórcio Intermunicipal da Saúde não prossegue

Prefeitos Geraldo Garcia (Salto), Dr. Cássio (Porto Feliz) e Guilherme Gazzola (Itu) / Foto: Arquivo/Prefeitura de Itu

Durou pouco o Consórcio Intermunicipal da Saúde (CISA) do Vale do Tietê, que reuniria as prefeituras de Itu, Salto e Porto Feliz para a compra de medicamentos e aquisição de serviços da área médica. O fim precipitado da iniciativa ocorreu após a administração porto-felicense resolver, nesta semana, não aderir ao plano conjunto.

Em nota enviada ao Periscópio, a Prefeitura de Porto Feliz informou que optou em não aderir ao CISA por entender “que, devido aos custos operacionais e administrativos apresentados pelo Consórcio, não seria possível comprovar efetivamente economicidade nas operações previstas, como aquisição de materiais e medicamentos e contratação de transporte sanitário”.

A saída de Porto Feliz da jogada, por sua vez, inviabilizou o consórcio. Foi o que afirmou a Prefeitura de Itu ao JP. “Sem a participação de Porto Feliz, torna-se inviável para Itu e Salto a manutenção do consórcio por questões meramente técnicas como, por exemplo, o contingente populacional insuficiente”, explica em nota enviada ao jornal.

A Prefeitura de Itu também explicou que o “processo de compra de medicamentos, com todas as qualificações previamente divulgadas, está em andamento, havendo adequações para atender a demanda da cidade de Itu”. O JP chegou a noticiar em abril deste ano que o CISA do Vale do Tietê abriria licitação para aquisição de remédios.

A reportagem também questionou a Prefeitura saltense, que comunicou que, “com a saída da cidade de Porto Feliz, as cidades de Salto e Itu discutirão na próxima semana a continuidade do Consórcio”. Ao jornal “Primeirafeira” de ontem (17), o prefeito Geraldo Garcia (PP) afirmou: “não perdemos nada, nós deixamos de ganhar”.

O CISA foi idealizado no início de 2017 e oficializado em agosto do mesmo ano, em assembleia que decidiu que o prefeito ituano Guilherme Gazzola (PTB) presidiria o grupo. A ideia com o consórcio era, em curto prazo, resolver questões na área da saúde e gerar economia aos cofres das três cidades.

Entre as medidas estavam a contratação de laboratório de análises clínicas de renome nacional; a implantação de uma Central de Exame de Diagnóstico por Imagem, visando a realização de exames mais complexos; otimização do uso da frota de ambulâncias dos três municípios; implantação de uma Central de Regulação; implantação de Prontuário Eletrônico do Cidadão e otimização dos Serviços de Verificação de Óbitos (SVO).