Professores da rede municipal retornam com carga reduzida

Os professores da rede municipal de Itu retornaram ao trabalho nesta quarta-feira (13), por meio do decreto nº 3480. Segundo a Prefeitura, os profissionais da Educação voltaram para as escolas com jornada reduzida para 50%, para a realização de vídeo aulas e preparação e entrega dos kits de materiais dos alunos, assim como o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação, orientou.

“O restante de sua jornada de trabalho será em regime especial de compensação de jornada, por meio de banco de horas, em conformidade com a Medida Provisória nº 927/2020, para a compensação no prazo de até dezoito meses, contado da data de encerramento do estado de calamidade pública”, aponta o decreto.

O documento também aponta que as aulas na Rede Pública Municipal de Ensino serão retomadas oficialmente no dia 25 de maio por meio de atividades remotas, utilizando os recursos tecnológicos disponibilizados pela Secretaria Municipal de Educação com atividades escolares não presenciais planejadas e realizadas pelo professor.

Ainda de acordo com a administração municipal, em reunião com os gestores, todos os professores receberam orientações para os próximos dias. Os professores estão recebendo luvas, máscara e álcool em gel e, os com idade acima de 60 anos e gestantes, continuarão em casa. “Todas as recomendações de seguridade serão seguidas”, informa a Prefeitura.

A volta ao trabalho dos professores gerou reclamações de sindicatos. Em nota, a Apeoesp – Sindicato dos professores da Rede Pública de São Paulo – Subsede Salto Regional Itu e Porto Feliz afirmou que a volta ao trabalho expõe “esses trabalhadores ao risco de contaminação”, orientando “que nenhum professor ou qualquer outro servidor da educação compareça às escolas”.

Já o SINTEMI – Sindicato dos Trabalhadores na Educação Municipal da Estância Turística de Itu declarou que a atitude é “totalmente descabida no atual momento (45 casos e 7 óbitos confirmados). A propagação  está em sua fase mais alta e, essa atitude, colocará os funcionários públicos da Educação em risco de contágio e óbitos”.

4 comentários em “Professores da rede municipal retornam com carga reduzida

  • 14/05/2020 em 21:13
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    A maioria das escolas não recebeu máscaras, luvas e álcool em gel. Coitados desses professores na hora de entregar os kits para os pais. Que risco desnecessário!
    Prefeito irresponsável e desumano!

  • 15/05/2020 em 16:16
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    Para nosso dentista professor é linha de frente no combate à pandemia. Fiquem em casa mas não tanto.

  • 15/05/2020 em 19:04
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    Retrospectiva do governo que deseja ser REELEITO:

    1 – Quando assumiu, passou um rolo compressor, sobre a estrutura administrativa, retirando das funções pessoas competentes, compromissadas pela educação, pelo prazer de descomissionar, gerando regressão na carreira?
    2 – Professoras que atingem tempo de contribuição, continuam trabalhando, aguardando a idade para se aposentar, sem vantagem compensatória?
    3 – A carreira é estagnada, sem meritocracia e sem análise curricular?
    4 – Agora Covide-se a apresentar no momento mais crítico, sem alinhamento a diretriz estadual?
    5 – Se um educador for acometido pela doença e vir a falecer ocorre uma perda da pessoa e do conhecimento ou será que o pensamento é que professor é mero reprodutor de conhecimento, tira um põe outro?
    6 – Lamenta-se que a municipalidade, todas, não tenham ainda um sistema online, onde o professor de sua casa grava a aula, submete a um técnico editor, que devolve ao professor para análise da edição e disponibiliza aos alunos e o sistema faz o registro da presença na aula online, computando a frequência?

    • 23/05/2020 em 15:07
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      O professor é submetido à exposição diária todos os dias (#saia de casa) e ainda tem que completar o período de permanência nas escolas com uma infinidade de “cursos” on line. Não pode gravar aulas em casa e no ambiente de escola não recebe instrumentos para gravação, ou seja, não pode ficar em casa, não pode trabalhar em casa, mas tem que levar celular pessoal ou notbook pessoal para a escola. Difícil ser administrado por quem acha que funcionário publico é “tudo” vagabundo.

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