Sinal Verde: Decisão sensata, porém demorada

A coluna desta semana era para tratar sobre a abertura da temporada 2020 da Fórmula 1, porém com a pandemia do novo coronavírus, o GP da Austrália foi cancelado, havendo ainda o adiamento dos GPs do Bahrein (anteriormente marcado para domingo, dia 22), do Vietnã (originalmente marcado para 5 de abril) e da China (adiado há pouco mais de um mês, antes previsto para ocorrer em 19 de abril).

A organização da categoria máxima do automobilismo mundial estuda ainda adiar os GPs da Holanda (3 de maio) e da Espanha (10 de maio). Se a decisão for confirmada, a temporada 2020 da Fórmula 1 começaria oficialmente com o GP de Mônaco, no dia 24 de maio.

Entendo que um adiamento de um evento de tal porte, que envolve muito dinheiro (milhões e milhões), gera inúmeros transtornos, porém a grande polêmica nisso tudo foi a demora para se tomar a decisão. Foi sensato o adiamento, porém, da forma como foi feito, errôneo.

Essa decisão teria de ter sido tomada no mínimo uma semana antes de a competição começar e não duas horas antes do primeiro treino-livre, quando equipes e demais pessoas envolvidas com a categoria, além de torcedores, já estavam se locomovendo pelas proximidades do circuito, além de dias andando pela cidade se encontrando em aeroportos, hotéis e afins.

Muitas pessoas podem ter sido contaminadas ou correrem o risco de neste “impasse”. E pelo que foi veiculado pela imprensa especializada de todo o mundo, só se cancelou a etapa australiana porque houve pressão por parte dos protagonistas. Quando a tradicional McLaren (que desde 2008 não disputa a taça) anunciou que não iria correr, a  organização entendeu, mas iria “continuar com o show”. Só houve mudança de postura, quando a atual hexacampeã Mercedes anunciou que também não iria disputar o GP.

Como muitos especialistas de saúde vêm anunciando, não devemos ter pânico, porém, antes de se adotar medidas de prevenção, é preciso ter o mínimo de noção…