Tarcísio Pugliese, dois anos comandando o Gigante Guerreiro

Treinador está fazendo história no clube. É o terceiro treinador eu mais comandou o elenco do Ituano Futebol Clube

 

ESPECIAL

Em 2014 o Ituano fez história ao se tornar o único clube do Interior a conquistar por duas vezes o Paulistão. O técnico era Doriva, figura das mais simpáticas e competentes, que marcou no clube.

Com a saída de Doriva, o Ituano precisava de um novo treinador para o segundo semestre já que tinha o Brasileiro Série D a disputar. Assim, Juninho acertou com Fahel Júnior que – infelizmente – acabou sendo um fiasco.

Fahel dirigiu o Ituano no primeiro jogo da Série D e, para o segundo, o clube já procurava outro treinador. Foi quando chegou, vindo do Icasa/CE, o jovem e promissor Tarcísio Pugliese, que tanto para a torcida, como para a própria imprensa, era um verdadeiro ponto de interrogação.

De fala mansa, com uma conversa objetiva, sem rodeios e não procurando inventar, Pugliese chegou com o velho e conhecido discurso, pedindo tempo e dizendo que iria procurar fazer o melhor com o que tinha em mãos.

Naquela Série D, o Ituano foi bem, mas acabou sendo eliminado pelo Moto Clube/MA. Depois disso, vieram dois campeonatos Paulista e uma Copa Paulista. Onde o treinador teve a chance de trabalhar o elenco desde a sua contratação, a sua formação e os resultados, se não foram espetaculares, também não decepcionaram. Na Copa Paulista do ano passado, o Ituano chegou à decisão, ficando com o vice.

Agora, disputando novamente a Série D em paralelo com a Copa Paulista, o Ituano, sob o comando de Pugliese, vai seguindo muito bem, animando os torcedores e correspondendo a expectativa da direção.

O “Periscópio” falou com o treinador sobre essa sua passagem pelo clube. “O Ituano é um clube bem estruturado, é bom trabalhar aqui. Há bons profissionais em cada setor e assim as coisas andam bem”, disse, complementando que “fico muito feliz em poder trabalhar em um clube tão bem dirigido e organizado como é o Ituano”.

Quando chegou ao clube, em 2014, Tarcísio pegou um elenco já formado e teve de se adaptar. Agora, para esse Brasileiro Série D, o treinador enfatiza que a coisa é diferente. “É diferente você montar o elenco, ter uma pré temporada, poder trabalhar desde o início”. Prova disso é que o Ituano fez uma excelente primeira fase este ano e entra no mata-mata com a vantagem de poder decidir os jogos em casa.

A receita é simples: “me sinto muito bem no clube, minha relação com o Juninho é ótima, nós pensamos futebol de forma muito parecida. É obvio que temos algumas divergências, mas é tudo de forma muito respeitosa e sadia”, garante.

A verdade é que o treinador teve, por parte de Juninho, liberdade e soube usá-la de forma inteligente e competente. “Sou muito grato por estar por dois anos no clube e espero seguir por mais um bom período. Que seja um período bom para mim, bom para o Ituano, e que a gente possa conquistar nossos objetivos”.

Como mensagem ao torcedor, Pugliese diz que “a gente entende que a cultura do futebol no Brasil é que o time perde dois o três jogos e o treinador é o culpado, mas isso é do futebol. Eu agradeço ao torcedor e peço que siga acompanhando e torcendo, principalmente agora que entramos na fase de mata-mata, onde o apoio do torcedor pode fazer a diferença”.

O recado foi claro. O Ituano, dentro das quatro linhas, está fazendo a sua parte. Fora do gramado – administrativamente falando – também está impecável. Resta, portanto,o torcedor fazer a sua parte e torcer, apoiar, incentivar. Em 2014, chegando às oitavas de final, o Ituano não foi além por detalhes.

Agora, mais estruturado, com um elenco melhor conduzido, com uma comissão técnica já estabelecida e com um técnico que é, dentre todos os treinadores da competição, o que mais tempo de clube tem e que mais conhece seu grupo, tem tudo para alcançar o objetivo primeiro, que é subir à Série C e mais: ser campeão Brasileiro da Série D.