Transformers: O Último Cavaleiro

Por André Roedel

Ainda restam algumas semanas para o fim do ano e, consequentemente, muitos lançamentos nos cinemas ainda estão por vir. Mas é quase certo que o título de pior filme de 2017 ficará com Transformers: O Último Cavaleiro. A nova obra dirigida por Michael Bay nem merece ser chamada de obra, pois fica parecendo ser algo maior do que é. É um amontado de explosões, roteiro ruim, frases feitas, atuações paupérrimas e muita vergonha alheia que se passa por um longa-metragem.

É até difícil falar da história da película, já que ela é uma bagunça só. Misturaram robôs gigantes, invasão alienígena, a lenda de Rei Arthur e um eminente apocalipse em um mesmo balaio, adicionaram inúmeros efeitos especiais (bem feitos, ao menos) e voilà… o resultado é o lançamento desta semana.

Não é de agora que a franquia Transformers vai agonizando no quesito qualidade. O primeiro filme já não foi lá essas coisas, mas ao menos trazia novidades. Agora, não há coisas novas: apenas a mesma fórmula rasa e batida elevada à enésima potência a cada novo capítulo. Tenta repetir a receita de Velozes & Furiosos, mas a falta de talento de Bay é tanta que nem isso consegue.

Neste quinto filme da série, Mark Wahlberg volta na pele do protagonista cujo as motivações ninguém entende muito bem. Seu interesse amoroso é a bela Laura Haddock. Ambos têm interpretações que beiram o desastre. O elenco ainda conta com Josh Duhamel, Stanley Tucci e John Turturro, figurinhas carimbadas da franquia, e o veterano Anthony Hopkins (estou até agora tentando entender o motivo que o fez participar desse filme, além do dinheiro). Ele até tenta dar um charme à obra, mas não consegue.

Se nem o um ator do gabarito de Hopkins consegue dar qualidade ao filme, é porque não tem jeito. E a explicação é uma só: ele nasceu ruim. Michael Bay uniu toda porcariada que agrada o público médio mundial, inseriu pitadas de filmes de sucesso (há referências a Logan, Esquadrão Suicida e outros) e misturou tudo no liquidificador. Só que nada dá liga nessa grande omelete feito com ovos podres.

Mas o X da questão para o longa não ser um fracasso de bilheteria está num pequeno trecho do parágrafo anterior: “agrada o público médio”. Filmes como esse Transformers parecem satisfazer o povão de uma forma que é difícil compreender. As salas ficam lotadas para conferir uma produção dessas – enquanto filmes com mais qualidade ficam de lado. É uma pena…

É claro que isso tudo é a opinião deste que vos escreve. O leitor tem todo o direito de gostar de Transformers e, inclusive, conferir na sala de cinema. Até existem cenas divertidas e uma ou outra piada que funciona. Mas, no geral, é uma grande perda de tempo (e bota grande nisso, já que tem praticamente 2h30 de duração). Assista por sua conta e risco.

 

Nota:

 

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