Tribuna do Leitor – 05/05/18

“Desculpem” o Transtorno!

Há algum tempo atrás, o Bairro Brasil, mais precisamente na região do Bosque Alceu Geribelo, foi invadido por algumas máquinas e alguns trabalhadores. Foi iniciado um trabalho de rompimento de asfalto perto do meio fio da Rua Rio Grande do Sul. Interdição de rua, barulheira e muita, mas, muita sujeira. Um trabalho assim poderia ter uma placa “Desculpe os transtornos, estamos trabalhando para trazer melhorias”. Ledo engano!

Foram feitas valetas, que trouxeram transtornos e muito pó. Terminado um trecho da Rua Rio Grande do Sul, homens e máquinas foram embora, deixando as valetas perigosas, com moradores  enfrentando dificuldades para estacionar e dificuldades de acessar a própria garagem, guias e sarjetas estouradas e uma camada de terra espalhada pela rua e pelas calçadas, que nos fez lembrar da época em que não se tinha asfalto. Eram máquinas e trabalhadores de alguma operadora de TV a cabo, serviço de telefonia ou alguma outra concessionária de serviços?????

Esta indagação até hoje nunca ficou clara, a não ser por descoberta através de veículos com o logo da causadora destes transtornos todo. Algum tempo depois, as máquinas e trabalhadores voltaram para continuar as “melhorias”, e ao chegar na minha casa ao final do dia me deparei com a minha calçada arrebentada, para não dizer “estuprada”, sem o meu conhecimento e consentimento.

Assim também algumas outras calçadas foram “estupradas”. Com exceção da calçada de um dos moradores, que viu a forma como estes trabalhadores estavam executando o serviço, simplesmente não deixou que fizessem a mesma barbaridade na calçada dele, feita com pedras portuguesa. Assim estes homens e máquinas foram embora de novo, deixando desta vez mais estragos, com calçadas arrebentadas, encanamentos de saída de águas pluviais destruídos e entupidos e mais, muito mais sujeira.

Não demorou muito e as “melhorias” continuaram, desta vez nas ruas vizinhas.  Valetas foram abertas, calçadas foram arrebentadas, canos ou mangueiras azuis foram aparecendo sem nenhum tipo de explicação. Não bastasse isso, uma chuva muito forte, ajudou a aprofundar ainda mais estas valetas que já estavam perigosas.

Com as chuvas e as valetas ficando ainda mais fundas, houve a necessidade de aterrá-las nos espaços das garagens dos moradores para que tivessem pelo menos como guardar os seus carros. Agora, todas as valetas já foram cobertas com asfalto, diga-se de passagem bem “meia boca”, mas, os canos azuis com as calçadas guias e sarjetas arrebentadas continuam aqui, ainda sem nenhum tipo de explicação.

Mas, como eu disse no texto mais acima, a autarquia que está fazendo estas “melhorias” é a CIS – Cia Ituana de Saneamento. O despreparo tanto na execução dos trabalhos quanto na comunicação com os contribuintes são gritantes, numa verdadeira falta de respeito à quem está pagando por tudo isso.

Entendo que se há alguma necessidade de se fazer algum tipo de obra, o mínimo que os responsáveis por esta autarquia deveriam fazer, primeiramente seria comunicar aos moradores, a necessidade, o tipo de serviço  e como seria feito. Na sequência, ter um plano elaborado para se causar o mínimo de transtorno possível e principalmente não causar danos aos contribuintes e o emporcalhamento das vias publicas, com guias e sarjetas arrebentadas.

Passados alguns meses e perto de se completar 01 ano, as calçadas, continuam arrebentadas, os canos/mangueiras azuis, continuam expostos e os moradores (meros contribuintes), continuam sendo desrespeitados. Uma das perguntas: Quem consertará as nossas calçadas?

Seguem algumas fotos atuais que ilustram o texto acima. Com a palavra, os (ir) responsáveis por todas estas “melhorias” e o mentor da criação do C.I.S.

Páulo Luíz do Nascimento Filho
Rua Rio Grande do Sul, 272, Bairro Brasil
RG: 8.929.262