Tribuna do Leitor – 18/11/17

A infernal Festa “Rave” ataca outra vez. Lamentável

Infelizmente, a polêmica Festa Rave, atualmente chamada de XXXperience Festival (evento de música eletrônica) que pode também ser chamada de “pancadão”, foi realizada aqui em Itu, mesmo tendo sido, num passado não muito distante, após uma sessão de Câmara tumultuada, ter da maioria dos vereadores a proibição parcial de sua realização, considerada por eles muito prejudicial à sociedade ituana. Acreditava-se que as autoridades não iriam mais permitir esse tipo de evento. Mas, o bom senso não atingiu os que decidem se permitem ou não, e simplesmente concederam o alvará para a realização. E ainda que, com nome diferente, para o sofrimento dos moradores das imediações, nos bairros como Padre Bento, 31 de março, Novo Itu, enfim, dezenas deles, a tal festa “Rave” ou “Reive”, disfarçada, foi realizada. Não foram levados em conta pela prefeitura os fatos lamentáveis acontecidos nas realizadas anteriormente. Drogas, brigas, prisões e até mortes marcaram esse tipo de evento. O volume exageradamente alto, que dela era emitido, atingiu e fortemente os moradores de bairros e até do Centro. Caso seja programada uma nova festa como essa, espera-se uma atitude coerente das autoridades, no caso, a negativa do alvará para sua realização, mesmo que  o local onde irá acontecer esteja a quilômetros de distância. Se não há lei para impedir isso, por favor, apliquem a LEI DO SILÊNCIO, lei que aqui em Itu é desrespeitada e esquecida. O povo quer sossego, tranquilidade e paz. Que assim seja!

Américo Mateus
Itu-SP

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CORINTHIANS: A GUERRILHA DEU CERTO!

A História está recheada de exemplos. Um exército poderoso é derrotado por milícias disciplinadas, legiões e falanges inteiras sucumbem ante a organização da minúscula célula, o Pequeno obstinado suplanta o Poder do orgulhoso. São metáforas? Mais que isso!

O Corinthians conquista o campeonato brasileiro de futebol edição 2017 com louvor. Elenco limitado, jogando feijão com arroz, armou-se de coragem. Embriagado da tradicional garra que é o seu próprio DNA.

Comecemos pelo seu presidente, o empresário sério, doutor Roberto de Andrade. Herdeiro de verdadeira massa falida, não gastou o tempo em lamúrias. Enquanto administrava as finanças combalidas – “matando um leão por hora” – valorizou a Comissão Técnica liderada por Fabio Carille, um moço decente. Carreira promissora. Carille, com rara habilidade, administrou o vestiário. E blindou a equipe, tornando-a imune ao vendaval impiedoso que assopra lá fora.

O time alvinegro não pautou pelos destaques individuais. Prevaleceu o espírito de equipe, a consciência coletiva do futebol praticado com extremo empenho e dedicação solidária. A magia oculta nos corações dos atletas, a determinação presente nas mentes dos seus defensores.

Esse Corinthians campeão honrou aquele Corinthians aguerrido dos tempos de Gilmar, Cabeção, Olavo, Oreco, Idário, Roberto Belangero, Cláudio Cristóvão Pinho, Luizinho (Pequeno Polegar), Baltazar (Cabecinha de Ouro) – para nos situarmos no pretérito. Os menos idosos se recordarão de Ronaldo, Zé Maria, Vladimir, Ado, Rivelino, Basílio, Sócrates, Casagrande e o irreverente Neto. E os ituanos Ezequiel e Batata!

O Corinthians é o Brasil que dá certo. Cheio de dívidas, vítima da exploração dos oportunistas e da política desagregadora, o Timão encarna a alma do povo brasileiro que não descrê do futuro!

E eu, palmeirense convicto, curvo-me ao dever sacrossanto de prestar reverência ao vencedor. No altar do esporte!

Por mérito. Por respeito. Por justiça!

Lázaro Piunti
ljpiuntiescritor@uol.com.br