Vereadores eleitos justificam contas desaprovadas

Na tarde de ontem (2), o “Periscópio” entrou em contato com os vereadores eleitos que tiveram suas contas desaprovadas pela Justiça Eleitoral. Três deles disseram que já estão entrando com recursos e acreditam que não terão problemas com isso. Já Normino da Rádio (PHS) diz desconhecer essa situação.

“Eu não tenho essa informação. Eu vou ligar para a Dra. Daniela (advogada) para estar sabendo direitinho. As contas tinham sido aprovadas com ressalvas, mas era tudo muito básico; é muito comum isso. Mas nós entregamos toda a nossa documentação e eu acredito que esteja tudo ‘ok’”, disse.

Já a assessora do vereador reeleito Givanildo Soares (PROS), Juliana Salvador, explicou que a advogada do partido vai entrar com um recurso até segunda-feira (5). “A decisão do juiz fala que a doação feita por pessoa física não pode porque ela tem empresas. Mas não tem nada a ver uma coisa com a outra. Ele fez uma doação em nome de pessoa física, e não jurídica. O que a lei proíbe é doação de pessoa jurídica”, esclareceu.

A assessora está confiante de que o recurso será acatado. Ela ainda aponta que será usado o Imposto de Renda do doador para comprovar que ele tem condições de fazer tal doação independente da sua empresa.

Dito Roque (PTN) também entrará com recurso. “Justiça não se discute; se cumpre. Eu só fiz o recurso que é cabível”, disse. “A lei diz que você tem que fazer o depósito por transferência eletrônica. E como a minha campanha só eu que banquei, não teve doador, não teve nada, quando eu fui ao banco abrir a conta, ao invés de fazer uma TED eu fiz um depósito de um cheque de outro banco. Só isso. Mas cheque meu mesmo”, declarou. “Isso aí é tranquilo, não tem problema nenhum. É só fazer o recurso e aguardar”.

O JP também entrou em contato com o vereador Sérgio Castanheira (PSD), que alegou estar ingressando com recurso. “O principal era um documento da transferência do saldo de campanha, que era R$ 24,65, para a conta do PSD”, comentou, explicando que já providenciou tal documento.

Quanto ao cheque rejeitado pelo juiz, a situação é praticamente a mesma de Dito Roque. “Todos os depósitos meus, na minha conta de candidato, foram feitos com recurso próprio. Então com cheque nominal meu, da minha conta, saindo do Itaú para minha conta na Caixa Federal. Tanto é que o juiz não aplicou penalidade”, prosseguiu o vereador, dizendo que sua campanha foi dentro da transparência de legalidade.