Sinal Verde: Uma década de jejum
Por Daniel Nápoli
Na última sexta-feira (13) completou-se 10 anos do maior jejum de vitórias vividos pelo Brasil na Fórmula 1. Após Rubens Barrichello vencer o GP da Itália no dia 13 de setembro de 2009, pela Brawn GP, muita coisa mudou para o país vencedor de oito títulos mundiais e de 101 corridas na categoria.
De lá para cá, Barrichello não conseguiu vencer as corridas restantes da temporada, perdendo a chance de conquistar o tão sonhado título mundial e, após duas temporadas frustrantes na Williams, se aposentou da Fórmula 1.
Seu compatriota, Felipe Massa, depois de ter vencido o GP do Brasil de 2008 e por um ponto ter perdido a chance de ser campeão mundial, não sentiu mais o gosto da vitória e na temporada 2009, ainda sofreu um grave acidente. Depois de ter saído da Ferrari ao final de 2013, seguiu na categoria correndo pela Williams até a temporada 2017, quando também se aposentou.
Desde então, além da seca de vitórias, o Brasil não conta com nenhum piloto no grid, algo que não ocorria desde 1970. Os representantes brasileiros mais próximos atualmente da Fórmula 1 são Sérgio Sette Câmara e Pietro Fittipaldi, pilotos de testes da McLaren e da Haas, respectivamente.
Porém, dificilmente ambos terão uma chance na temporada de 2020, uma vez que a McLaren já confirmou Carlos Sainz Jr. (ESP) E Lando Norris (ING) como pilotos titulares para o ano que vem, enquanto que a Haas está atrás de pilotos com experiência na categoria.
Somando o alto custo para se manter em um esporte a motor e a falta de investimentos nas categorias de base do automobilismo brasileiro, o Brasil tende a demorar para voltar aos seus dias de glória na Fórmula 1.
A coluna volta na próxima semana com uma análise sobre o GP de Singapura, que será realizado domingo (23), às 9h10 (horário de Brasília). Vamos em frente!
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