“Ato público em defesa da vida” reúne centenas de pessoas no Centro
Por Daniel Nápoli
No último domingo (08), foi realizado na Praça da Independência o “Ato público em defesa da vida”, uma ação em conjunto das paróquias, comunidades, pastorais e movimentos católicos e igrejas evangélicas da cidade de Itu, com o intuito de sensibilizar a população a respeito dos impactos do aborto na vida da mulher e da sociedade.
O ato, que contou com a presença de centenas de pessoas, foi criado, segundo o grupo, diante da possibilidade do STF (Superior Tribunal Federal) julgar o pedido para a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. A ação contou com a presença de padres, pastores, ginecologistas e obstetras que orientaram o presentes sobre a importância da manutenção da vida.
Ex-deputada estadual e atual secretária nacional de Inclusão Social e Produtiva da Secretaria Especial do Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania, Rita Passos esteve presente na manifestação e falou ao Periscópio. “Nós estamos aqui hoje em defesa da vida. Eu, como parlamentar que fui, fiz diversas leis em benefício a esta causa, inclusive uma lei do nascituro, que consiste em que em todos os órgãos públicos de saúde e particulares tenham a placa com os seguintes dizeres: ‘a entrega do filho para a adoção, mesmo durante a gravidez, não é crime, caso você deseja fazê-lo ou conheça alguém nessa situação, procure a Vara da Infância e Juventude mais próxima’”.
Paroquiana da Igreja de São Cristóvão, a auxiliar de enfermagem Fátima Aparecida Silva Stein também falou sobre a importância do evento. “Estamos aqui para dizer sim à vida e não ao aborto, nossos jovens precisam saber disso, dar valor à vida, pois foi Deus que nos deu. Pertence a Ele. Em casos de estupro, por exemplo, deixa a criança viver, a mãe não precisa conviver com aquela criança, tem a lei que protege e essa criança pode ser adotada sem precisar saber que foi fruto de um estupro. Deixa a criança viver, que Deus tome conta de nossas crianças, o nosso Brasil precisa ser humano”, conta.
Diácono na paróquia de Nossa Senhora Aparecida, Valdeci Florentino dos Santos acredita que o homem também precisa discutir o aborto. “A sociedade precisa discutir mais, trabalhar mais essa questão de aborto. Não é possível que o ser humano aceite a morte de um inocente. Não dá para aceitar isso. Eu acredito que, com mais eventos como esse, a sociedade deve abraçar. O homem também precisa se inteirar, participar, defender a vida, da mesma forma que ele foi concebido um dia”.
Valdeci ainda sugere. “Penso que uma manifestação como essa deve ser feita mais vezes, abrangendo um número maior de pessoas e que a sociedade possa de fato sentar, pensar e discutir. Não deixar que isso acontece em nosso país. Ajudar as mães a não buscarem o aborto e sim outras soluções. É um ser humano que está sendo assassinado. Buscar sempre a vida e não a morte”.